Excesso de chuvas causou enchentes no Maranhão.
O Brasil está ficando cada vez mais quente. Mostre por quê
Sua altitude é de 1.123 metros do nível do mar e 990 metros do nível do Rio Doce (que destaca imponente na paisagem valadarense). Tombado pela constituição do Estado de Minas Gerais desde 1989 por sua singular beleza paisagística, o Pico da Ibituruna é constituído por uma APA (Área de Preservação Ambiental) e está entre os lugares mais conhecidos no mundo para a prática do vôo-livre. O Pico possui as melhores térmicas (bolsões de ar quente que impulsionam as asas-deltas e paragliders para o alto).
A temperatura no Pico é mais baixa do que na cidade, apresentando durante o dia em torno de 25ºC e à noite 12ºC. E na cidade a temperatura é alta, chegando a 40ºC no verão. A Pedra tem a fama de influir diretamente no clima de Governador Valadares, mas, na verdade, o clima é determinado pelos ventos provenientes do nordeste e do sudeste. Outro fator que contribui para caracterizar o clima da cidade são as Serras do Espinhaço (a oeste do Estado) e a Serra da Mantiqueira (ao Sul). As duas cordilheiras freiam as frentes frias permitindo que se forme, na região, um bolsão de calor, que começa em Ipatinga e vai até Linhares, no Espírito Santo, fazendo com que o clima seja quente durante o ano todo.
No cume do Pico há um belvedere, de onde se descortina um belo panorama. A leste avista-se a cidade de Governador Valadares cortada pelo Rio Doce e em volta, a paisagem do grande Vale. No ponto mais alto do Pico, encontra-se a imagem de Nossa Senhora das Graças, que foi levada ao Pico em blocos. A idéia de se erguer um monumento dedicado a Nossa Senhora, foi de um padre paranaense que em visita à cidade sugeriu a duas senhoras da Associação das Damas de Caridade, que de imediato acolheram a sugestão. A imagem pesava 40 toneladas e colocá-la no alto da serra foi um trabalho faraônico. A Santa (como é conhecida pelos valadarenses) é um dos dez maiores monumentos em concreto do Brasil. Na época custou uma fortuna, 24 mil cruzeiros e foi transportada até o Pico dividida em quatro partes puxadas com o auxílio de uma tropa de burros. A primeira estrada de acesso ao Pico foi aberta exclusivamente para o transporte da imagem. O empreendimento foi custeado por empresas e contribuições do povo valadarense. Os trabalhos de montagem levaram três meses e sua inauguração e bênção foi no dia 27 de janeiro de 1963. No dia 04 de julho de 2000, após ser restaurada, recebeu magnífica iluminação ornamental, podendo ser vista à noite mesmo a quilômetros de distância. A imagem possui 24 metros e foi tombada pelo Patrimônio Histórico do município em julho de 2001. De braços abertos sobre a cidade, a branca imagem é símbolo da fé do povo valadarense. A Santa é rodeada por grandes torres de TVs e rádios.
O Pico é uma plataforma natural de vôo-livre, possuindo duas rampas naturais e duas em madeira para a decolagem. Homologada pelo Serviço Regional da Aeronáutica Civil (Serac-3), teve o processo iniciado em dezembro de 1999 e oficializado em janeiro de 2000, atendendo todas as exigência da SERAC e outras mais estabelecidas pelo Clube Valadarense de Vôo-Livre. O ar quente formado em volta da Ibituruna propicia a prática do vôo livre na região. Ascendente, este tipo de ar possibilita aos voadores subirem 1.500 metros acima do Pico e se manterem até Caratinga (a 115 Km) e Realeza. O espaço aéreo do Vale do Rio Doce, próximo ao Pico, é cedido pelo DAC (Departamento de Aviação Civil) para a prática do vôo, sendo proibido para aviões e helicópteros sobrevoarem neste local.
Os organizadores de campeonatos de vôo-livre e mídia impressa (jornais locais e revistas especializadas) divulgam a imagem de Governador Valadares como um dos melhores pontos mundiais para a prática do vôo-livre. O poder público utiliza desta divulgação para a reafirmação da imagem da cidade veiculada ao atrativo em questão. Os pilotos se referem à cidade como a "Disneylândia dos Adultos" ou, "Governador Valadares é um cartão postal do vôo-livre", ou ainda "Governador Valadares é a meca do esporte vôo-livre comentado inclusive em revistas no exterior". Sidnei Pereira se refere a Governador Valadares na revista Sky News ... "assim como todo surfista sonha dropar as imensas ondas do Havaí – os homens-pássaros almejam as correntes de ar que habitam a cidade mineira, considerada uma das melhores regiões do planeta para prática deste esporte".
A cidade recebe turistas de toda a parte do mundo para prática do vôo-livre, sendo ainda sede para o treinamento deste esporte. Gerando, portanto um fluxo turístico no período de janeiro a março intensificado pelas etapas dos campeonatos que são realizados neste período. E nos demais meses a cidade recebe pilotos para prática do vôo com objetivo de treinamento e quebra de recordes.
Durante a temporada de vôo o valadarense se depara com pessoas de costumes diferentes e vestimenta diferenciada do cotidiano. São homens e mulheres que carregam seus instrumentos de vôo nas costas numa grande mochila e andam nas ruas da cidade, alterando o ritmo de vida das pessoas que vivem aqui e que se esforçam para atender a estes "seres estranhos". São engraxates ensaiando o inglês para servir bem e ganhar seu trocado, meninos de rua que ajudam a armar o parapente e também auxiliam no resgate dos pilotos.
A imagem da Ibituruna foi utilizada pela Prefeitura Municipal na sua logomarca e está sendo utilizada nos caminhões de lixo que circulam diariamente. No setor empresarial, tem pelo menos uma empresa em cada ramo que sua razão social ou logomarca é a Ibituruna. Percebemos, portanto, a representatividade deste atrativo para a comunidade valadarense, que é o símbolo da cidade. Em 04 de dezembro de 2001, foi criada e votada na Câmara Municipal a lei nº 4.924, instituindo o "Dia da Ibituruna" em âmbito municipal a ser comemorado anualmente no dia 04 de junho.
Foi feita uma homenagem ao Pico da Ibituruna em frente ao Palácio da Cultura. Um monumento que também homenageia os campeonatos de vôo-livre e se tornou um ícone para a cidade. O primeiro vôo de asa-delta em Governador Valadares aconteceu em 1977 e foi realizado pelo mineiro Emerson André Miranda Monteiro, que subiu a Serra e sentiu a magnitude do lugar. Voou e divulgou aos seus amigos pilotos que, aos poucos, começaram a visitar a cidade. Em 1983, a Ibituruna, com suas condições naturais, passou a ser um ponto turístico por si só, atraindo pilotos de várias regiões e até de outros países. No mesmo ano de 83 foi fundado o Clube Valadarense de Vôo-Livre, denominado pela sigla CVVL. Porém, o mesmo ficou inativo durante muitos anos. Em 1991, Governador Valadares foi sede do 1º Campeonato de Vôo-Livre. Os Correios fizeram uma homenagem à Valadares criando um selo com alusão ao campeonato. A CVVL foi reativada em 1993, com apoio da FUNSEC (Fundação de Serviço, Educação e Cultura). Desde então foram realizados vários campeonatos brasileiros de vôo-livre e parapente, além dos mundiais, que ocorreram em 1994 e 1995. Governador Valadares hoje é sede de vários campeonatos, tais como: Pan Americano de Paraglider, Pré-Mundial de Asa-Delta, PWC Paraglider, Speed Gliding e Campeonato Brasileiro.
Além do vôo-livre, a cidade também é sede dos chamados esportes de emoção, ou esportes radicais, como a canoagem, bicicross, montain bike, motocross, rappel, escalada e trekking.
ÁGUA: SE NÃO RACIONALIZAR, VAI FALTAR.
Neste 5 de junho, dia do Meio Ambiente, é importante lembrarmos alguns dados que refletem a difícil situação mundial em relação ao uso dos 2,5% de água doce disponíveis no planeta. Segundo relatório da Unesco, órgão da ONU para a educação e responsável pelo Programa Mundial de Avaliação Hídrica, mais de um sexto da população mundial, ou o equivalente a 1,1 bilhão de pessoas, não tem acesso ao fornecimento de água doce.
Dos exíguos 2,5% de água doce existentes no mundo, porém, apenas 0,4% estão disponíveis em rios, lagos e aqüíferos subterrâneos – a Terra possui cerca de 1,39 bilhões de km 3 de água, distribuídos em mares, lagos, rios aqüíferos, gelo, neve e vapor. A situação tende a piorar, com o desmatamento, a poluição ambiental e as alterações climáticas dela decorrente: estima-se que será reduzido em um terço o total de água doce disponível no mundo. Enquanto isso, ações que poderiam reduzir o desperdício desse líquido cada vez mais raro e, portanto, precioso, demoram a ser tomadas pelas diferentes esferas governamentais.
Sabe-se que o maior consumo de água doce é na agricultura, responsável por 69% do uso, e que as grandes metrópoles têm edificações com sistemas hidrossanitários (bacias e válvulas sanitárias, torneiras, chuveiros, entre outros) gastadores.
Ações globais e estruturais, como a irrigação por gotejamento, em vez da usual por aspersão, e o incentivo à implantação de programas de uso racional da água economizariam milhões de metros cúbicos, evitando assim a necessidade de novos reservatórios de água, caros e que prejudicam o meio ambiente, ao derrubar matas ciliares com o alagamento.
As medidas de incentivo à troca de equipamentos gastadores por outros, economizadores – como bacias e válvulas que consomem 6 litros por acionamento, em vez dos 12 ou até mais de 20 litros por acionamento consumidos pelos equipamentos defasados, a instalação de arejadores e restritores de vazão em torneiras e chuveiros, entre outros, são instrumentos bem-sucedidos de diminuição do consumo.
Os equipamentos economizadores estão disponíveis – e obrigatórios, por norma da ABNT - em nosso país desde 2003. Programas racionalizadores já foram adotados em Nova York e Austin, nos EUA, e Cidade do México. Nova York instalou, entre 1994 e 1996, mais de um milhão de bacias sanitárias economizadoras, com incentivo aos moradores e empresários para as trocas, e passou a poupar 216 milhões de litros de água por dia.
Enquanto isso, no Brasil temos campanhas esporádicas para diminuir o consumo de água, rapidamente abandonadas assim que acaba a eventual seca e os reservatórios estão cheios. Isto foi o que aconteceu em São Paulo , em 2004, quando os cidadão foram premiados com desconto de 20% em suas contas de água se atingissem as metas de redução. Alguns prédios públicos também trocaram suas instalações hidrossanitárias gastadoras por outras, economizadoras. Há, porém, a necessidade de implementarmos programas duradouros e permanentes de incentivo à redução do consumo de água.
A concessionária Sabesp, que atende a maior parte dos municípios paulistas, por exemplo, desenvolve atualmente um projeto que custará cerca de R$ 100 milhões para trocar dutos antigos, cuja deterioração provoca vazamentos e perdas de água estimados em 34% do total produzido. Embora louvável, a preocupação da concessionária paulista em diminuir suas perdas e, portanto, aumentar o lucro de seus acionistas, deveria se traduzir também em ações que beneficiassem o consumidor final e o contribuinte diretamente, como os programas de uso racional da água e o incentivo à troca de equipamentos obsoletos por outros, economizadores.
O governo federal, por sua vez, poderia desenvolver programas de educação e incentivo aos agricultores que adotassem o método de gotejamento na irrigação, poupando outros essenciais milhões de metros cúbicos de água. Assim, projetos como o da transposição das águas do rio São Francisco, com investimento estimado em cerca de R$ 4,5 bilhões pelo governo federal, poderiam ser melhor aproveitados. A implementação desses programas, de racionalização do uso da água e da irrigação por gotejamento, resultaria em benefícios econômicos, sociais e ambientais para a sociedade como um todo.
Autor: Carlos Lemos da Costa
Agricultores são pagos para preservar a Mata Atlântica
O Dia Nacional da Conservação do Solo é comemorado na quarta-feira 15 de abril. Uma das iniciativas bem sucedidas no Brasil é o pagamento de agricultores que preservam a mata atlântica, em Minas Gerais.
O aposentado Octávio de Almeida mostra com orgulho a mata que ocupa quase metade dos seis hectares de terra que herdou da família, em Matias Barbosa. Ele foi o pioneiro do projeto que paga os produtores que preservam a vegetação nativa.
No ano passado, Almeida recebeu R$ 450. O dinheiro ajuda a cuidar do sítio, que não tem renda própria. Esse é o lugar que o aposentado escolheu para descansar.
Já na propriedade vizinha, a renda foi bem maior. O produtor Hélio Domingos, que tira 220 litros de leite por dia, recebeu R$ 4.760, em 2008. Ele preserva 32 dos 105 hectares da fazenda, um número maior do que os 20% da reserva legal. “Por causa da nascente de água que refresca o terreno. É bom para tudo, para a própria natureza”, disse.
Os produtores também ganham arame e mourão, para fazer cerca em volta da mata, e isca para formigas, formicida e mudas. O projeto é uma parceira do governo de Minas Gerais e um banco alemão.
Na Zona da Mata mineira, o gerenciamento é feito por uma organização não-governamental que distribui os recursos aos produtores. “São selecionadas áreas que tenham potencial de recurso natural, como nascentes, minas e córregos. Elas são selecionadas mediante a importância que a área tem para o abastecimento de água, por exemplo”, explicou Theodoro Guerra, presidente da Associação do Meio Ambiente de Juiz de Fora
Nove produtores recebem de R$ 140 a R$ 400 por hectare ao ano para preservar, recompor a mata ou plantar espécies nativas. Mais sete proprietários de terra serão beneficiados este ano para que a região se torne um corredor ecológico. “A gente viu na prática que o incentivo sensibiliza muito mais o produtor do que a multa e o castigo. A gente sente que hoje eles sentem a mata mais deles e mais valorizada”, disse a agrônoma Ana Paula Mares Guia. Estima-se que 93% da Mata Atlântica já foi devastada em todo o país. (Fonte: G1).
LIONS CLUBE DE GOV. VALADARES IBITURUNA participa de atividade em defesa da MATA ATLÂNTICA.
Veja a matéria completa na página do clube, clicando sobre o endereço abaixo:
http://lionsibituruna.blogspot.com/
Como recuperar a Mata Atlântica
A Mata Atlântica é uma formação vegetal tropical brasileira que possui uma das maiores biodiversidades do planeta. Infelizmente esse repositório diversificado de espécies também assume grandes números em outro aspecto, o desmatamento. A partir do século XX, a Mata Atlântica perdeu grande parte de sua cobertura em função do desmatamento, aproximadamente 93% de sua área está destruída, resultando na perda da maior diversidade de árvores (476 espécies), além das demais espécies da flora e da fauna.
A exploração e a extração de espécies iniciaram-se a partir da descoberta do Brasil e não parou mais. Hoje é possível perceber a imensidão do território destruído pela mínima extensão de mata nativa, quase 10%. Apesar dos diversos projetos que buscam proteger a Mata Atlântica, é necessário cerca de 10 a 30 séculos para que essa seja recuperada, mas como recuperar? Inicialmente deve-se proteger a região para que o reflorestamento seja feito. O reflorestamento deve ser bem projetado, inserindo primeiramente espécies resistentes à luz, já que estarão mais expostas, e posteriormente inseridas espécies que se adaptam bem à sombra. A qualidade das águas que compõe rios e lagos da Mata Atlântica assume grande importância nessa recuperação, pois por meio delas é que as plantas e animais lá existentes encontrarão água potável, além dos municípios que se localizam próximos ao local.
É importante ressaltar que a natureza passa por transformações rápidas e prejudiciais aos seres vivos e a preservação da mesma impede/retarda esse processo. A conscientização para tal situação deve estar presente em cada indivíduo que valoriza sua vida, a vida dos seus familiares e a do próximo em geral.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola.
Aceiro.
Terreno desbastado de vegetação, que se abre em torno ou através das matas, propriedades rurais etc. para evitar a propagação de incêndios; A TALHADA
As Queimadas e o Meio Ambiente
Dr. Williams Pinto Marques Ferreira
Pesquisador Meteorologista da Embrapa Milho e Sorgo.
O Incêndio pode ocorrer de forma natural, acidental ou criminosa, sendo neste último caso, provocado pelo homem. Já o termo “queimada” caracteriza-se pela ação da queima de maneira controlada e de origem antrópica.
Como prevenir o fogo nas áreas de uma reserva florestal?
Ficar atento para as condições climáticas que se apresentam ao longo do tempo. Direção, velocidade e freqüência de ocorrência de ventanias e número de dias com ausência de chuvas. Quanto mais tempo de ausência de chuvas, maior o risco de incêndio. Construa aceiros e os mantenha completamente limpos, faça aceiros dividindo áreas grandes em pequenas áreas, mas não deixe o resto da capina próximo ao aceiro.
Cercar a área e evitar o acesso de pessoas a rios para pesca etc. Pode ocorrer um foco de fogo acidental provocado por humanos.
Pode haver sinalização de risco de incêndio em pontos bem visíveis e estratégicos, por meio de cartazes ou placas. Nos períodos de maior risco pode haver vigilância a partir de torres de observação e apoio da própria população local, daí a necessidade de conscientização sobre o risco de incêndios, lembrando sempre que as queimadas provocadas pelo homem quando não são bem controladas sempre promovem danos e destruições quase sempre irreparáveis.
O que o agricultor deve fazer para apagar o fogo?
Utilizar todos os recursos disponíveis tanto de material humano como mecânico, abrir aceiros de emergência de acordo com a propagação do fogo, sempre de modo a cercá-lo em uma certa área, para isso é necessário o conhecimento prévio da topografia e da vegetação local, assim como também a localização de riachos, açudes etc.
Utilizar-se de enxada; abafadores, foices; bomba costal, baldes com água, tratores entre outras coisas.
Como utilizar o recurso das queimadas com segurança, no caso da agricultura em plantações de cana ou algodão?
Para se queimar com racionalidade, é preciso seguir algumas normas (10 mandamentos).
1 - Obter autorização do Ibama para queima controlada. Documentos necessários: a) Comprovante de propriedade ou de justa posse do imóvel onde se realizará a queima; b) Cópia da autorização de desmatamento quando legalmente exigida; c) Comunicação de queima controlada.
2 - Reunir e mobilizar os vizinhos, para fazer queimada controlada e em mutirão, de maneira que um possa ajudar o outro. Assim, o calor será menor e o solo será menos impactado com a temperatura.
3 - Evitar queimar grandes áreas de uma só vez, pois as distâncias dificultam o controle do fogo.
4 - Fazer aceiros, observando as características do terreno e altura da vegetação. Em terreno inclinado, o fogo se alastra mais rapidamente, devendo-se construir valas na parte mais baixa, para evitar que o material em brasa saia da área queimada. A largura dos aceiros deve ser 2,5 vezes a altura da vegetação em regiões de pastagens, e, ou Cerrado, ou no mínimo, 3 metros, para o caso de queima controlada.
5 - Limpar completamente o aceiro, sem deixar restos de folhas ou paus, de qualquer natureza, no meio da faixa.
6 - Prestar atenção à força e direção do vento, à umidade e às chuvas. Só queimar quando o vento estiver fraco. Nunca comece um fogo na direção contrária dos ventos. Inicie no sentido dos ventos. Se a queima for realizada após as primeiras chuvas, é possível evitar o risco de o fogo escapar e evitar os danos causados pelo acúmulo de fumaça no ar.
7 - Queimar em hora fria. De manhã cedo, no final da tarde, ou à noitinha é mais seguro, pois a temperatura é mais baixa e a vegetação está mais úmida.
8 - Nunca deixe árvores altas, sem serem cortadas, no meio da área a ser queimada. Elas demorarão a queimar, permitindo que o vento jogue fagulhas à distância, provocando incêndios em áreas vizinhas, sobretudo, se forem pastagens.
9 - Permaneça na área da queimada, após o fogo, pelo menos, por duas horas, a fim de verificar se não haverá pequenos focos de incêndio, na vizinhança, provocados pelos ventos.
10 – Tenha sempre disponível, para ser utilizado, no caso da necessidade do controle do fogo, o seguinte material: a) enxada; b) abafador; c) foice; d) bomba costal; e) baldes com água.
Os agricultores devem ter um treinamento especial para combater incêndios?
Certamente deveria cada vez mais haver treinamento para comunidades instaladas próximo a reservas, agricultores e funcionários de órgão vinculados ao meio ambiente. Os agricultores assim como as pequenas comunidades deveriam manter um grupo com equipamentos básicos para combate e incêndios.
Todo combate inicial de incêndios quando realizado de maneira correta e em tempo hábil, apresenta um percentual grande de ser controlado.
Qual é a situação das queimadas no mundo
A partir de Maio, normalmente as queimadas iniciam na África, logo abaixo da linha do equador e no norte na Austrália. Em junho e julho intensificam-se principalmente na mesma região da África. A partir de Agosto tanto o Brasil quanto a África, bem como se estendendo por todo o sul, Madagascar e a Oceania costumam praticar as queimadas. A partir de novembro as queimadas passam a ocorrer bem ao norte do Brasil e no cinturão acima da linha do equador no continente africano seguindo-se assim até janeiro. Em Fevereiro parte da América Central e do Sul da Ásia (Vietnam, Bankoc etc.) também costumam queimar até o mês de Março, quando alcançam o seu máximo, nos demais continentes nesse mês, ocorre os menores focos de queimadas.
EUA declaram gases-estufa como maléficos à saúde humana.
Agência de proteção ambiental americana apresentou conclusões.
Ação permitirá a criação de legislação específica para regular emissões.
Do G1, em São Paulo
A agência de proteção ambiental dos Estados Unidos (EPA) declarou oficialmente guerra aos gases causadores do efeito-estufa. Em declaração formal, a entidade listou o dióxido de carbono e outros cinco gases-estufa como poluentes que ameaçam a saúde e o bem-estar públicos. A informação é do jornal americano "The New York Times".
É importante lembrar que esses gases não são tóxicos e, de forma direta, não fazem mal algum (dióxido de carbono, inclusive, é o gás presente em refrigerantes e outras bebidas gaseificadas). A ação maléfica identificada pela agência é indireta -- como causadores do aquecimento global, eles trazem sérios riscos à saúde dos seres humanos.
A iniciativa abre brechas para que os Estados Unidos estabeleçam pela primeira vez legislação para regular os gases culpados do aquecimento global.
Icebergs se desfazendo perto do cabo York, na Groenlândia (Foto: Reprodução)
Segundo a EPA, os resultados científicos que apoiam sua decisão são "convincentes e arrasadores". A decisão inicia um período de discussão de 60 dias antes que seja proposta qualquer regulação para a emissão de gases do efeito estufa.
A iniciativa é parte da decisão do presidente Barack Obama de guiar o país na direção de uma economia com baixa emissão de carbono, com forte apoio do Congresso para energia limpa e legislação sobre mudança climática.
Segundo a administradora da EPA, Lisa P. Jackson, a ação também gera oportunidades: combater as emissões de carbono na atmosfera ajudariam a criar milhões de empregos e reduzir a dependência americana de petróleo importado.
A ação iniciou uma corrida no Congresso, que tem a preferência de Obama para legislar sobre o assunto antes que a EPA tome as rédeas do processo.
A investigação da EPA foi iniciada dois anos atrás, quando a Suprema Corte comandou a agência a determinar quais os riscos públicos dos gases-estufa, se houvesse algum. As constatações da entidade foram, de início, vetadas pelo governo George W. Bush.
Com a eleição de Barack Obama, as conclusões da EPA finalmente vieram a público -- mas não antes de serem revisadas por duas semanas pelo Escritório de Gerenciamento e Orçamento do governo americano.
Gás do efeito estufa bombeado para o subsolo pode ir parar na água
Em reservatórios naturais, dióxido de carbono fica dissolvido no líquido.
Temor dos pesquisadores é que substância volte para a atmosfera.
Reinaldo José Lopes
Do G1
Parecia um plano simples e eficaz contra o aquecimento global. Em fábricas, usinas e outros locais onde há muita produção de gás carbônico, principal causador do problema, seria ótimo capturar a substância na fonte e bombeá-la para o subsolo, onde ficaria presa debaixo das rochas. Uma equipe internacional de pesquisadores, porém, está revelando a complexidade oculta nessa equação. Na verdade, pelo menos 80% do gás tende a se dissolver na água subterrânea. Em tese, portanto, poderia voltar à superfície, o que atrapalharia os esforços de captura debaixo da terra.
Aquecimento global obriga Itália e Suíça a reverem fronteira
População urbana emite menos gás carbônico que a rural, diz estudo
Aviador comprova existência de 'rio voador' da Amazônia para o Sudeste
Economista Stern defende alarmismo para estimular ação climática
Acidificação dos mares pode causar extinção em massa, alertam cientistas
Crise econômica oferece nova chance ao clima, diz Hillary
Os dados estão na edição desta semana da revista científica britânica "Nature", uma das maiores do mundo. A equipe liderada por Stuart Gilfillan, da Universidade de Manchester e do Centro Escocês de Estocagem de Carbono, estudou regiões do planeta nas quais o gás carbônico (ou dióxido de carbono, como também é conhecido) fica naturalmente guardado sob camadas de rocha.
O motivo disso é simples: como as iniciativas de estocagem de carbono para combater o aquecimento global são poucas e muito recentes, ninguém ainda teve tempo de medir o que acontece com o gás conforme os anos passam. A dúvida envolve justamente o destino da substância. O ideal é que ela se combine com os minerais, formando rochas conhecidas como carbonatos. Dessa maneira, a chance de um retorno do gás-estufa à atmosfera seria quase inexistente.
"Nós já realizamos testes do processo em escala de laboratório e sempre buscamos o sequestro na fase sólida, porque realmente seria o ideal", explica a engenheira química Regina de Fátima Muniz Moreira, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que comentou o estudo a pedido do G1. "Na forma mineralizada, insolúvel, o potencial de sequestro de gás carbônico seria muito maior", diz ela
Os depósitos naturais de dióxido de carbono permitem estimar o que acontece com o gás em grandes escalas de tempo, durante milhares ou até milhões de anos. Dois processos geoquímicos são a chave para entender isso. O primeiro é a proporção de hélio, um dos gases nobres (assim chamados por causa de sua resistência a se misturar com outras substâncias). Nas camadas geológicas em questão, é comum que o hélio e o gás carbônico derivem da atividade do magma, a camada derretida abaixo da crosta terrestre. E a proporção "normal" dos gases é conhecida. Se houver proporcionalmente mais hélio do que dióxido de carbono do que esse valor normal, é indício de que o gás carbônico está sendo sugado para algum lugar.
E que lugar seria esse? Entra em cena a segunda técnica, que envolve dois tipos diferentes do elemento carbono, o carbono-12 (considerado "normal") e o carbono-13, mais "pesado". Quando o gás carbônico vai para as rochas e forma o famigerado carbonato, há uma preferência, na reação química, pelo carbono-13, que some do depósito gasoso mais rápido. Quanto o dióxido de carbono se dissolve na água, essa tendência é menos acentuada. Fazendo as contas, os pesquisadores perceberam que no máximo 18% do gás acaba ajudando a formar carbonatos -- o resto vai mesmo parar n'água. O resultado é uma espécie de "água com gás". Fica a pergunta: será que essa água pode borbulhar e perder o gás de novo para o ar aqui em cima? Perigo?
Para os autores do estudo, há razão para ficar cautelosamente otimista com o resultado. Segundo Stuart Gilfillan, o fato de os depósitos naturais serem antigos mostra que é difícil que o gás consiga escapar para a superfície com facilidade. "Nosso estudo mostra claramente que o dióxido de carbono está armazenado de forma natural e segura na água subterrânea", disse ele em comunicado oficial.
Regina Moreira, da UFSC, concorda. "Esse trabalho é bem interessante por mostrar quanto tempo o gás carbônico pode ficar nos depósitos. Risco de vazamaneto sempre há, por aumento de temperatura ou outros processos, embora o risco realmente seja menor no caso dos depósitos mineralizados", diz ela. A pesquisadora chama a atenção para outro detalhe importante: diante dos dados atuais, o sequestro de carbono fica limitado por quanto gás a água subterrânea consegue absorver. "Isso mostra que não adianta bombear gás carbônico além de determinada quantidade, porque ele não será absorvido", avalia ela.
Já Werner Aeschbach-Hertig, pesquisador da Universidade de Heidelberg (Alemanha) que comentou o estudo para a "Nature", diz que a pesquisa não prova que o sequestro de carbono no subsolo é inseguro, mas indica que é preciso entender o processo em mais detalhe para saber se vale mesmo a pena enfiar o gás nas profundezas.
O Meio Ambiente e a Sustentabilidade
Raquel Nunes
Nunca antes se debateu tanto sobre o meio ambiente e sustentabilidade. As graves alterações climáticas, as crises no fornecimento de água devido a falta de chuva e da destruição dos mananciais e a constatação clara e cristalina de que, se não fizermos nada para mudar, o planeta será alterado de tal forma que a vida como a conhecemos deixará de existir.
Cientistas, pesquisadores amadores e membros de organizações não governamentais se unem, ao redor do planeta, para discutir e levantar sugestões que possam trazer a solução definitiva ou, pelo menos, encontrar um ponto de equilíbrio que desacelere a destruição que experimentamos nos dias atuais. A conclusão, praticamente unânime, é de que políticas que visem a conservação do meio ambiente e a sustentabilidade de projetos econômicos de qualquer natureza deve sempre ser a idéia principal e a meta a ser alcançada para qualquer governante.
Em paralelo as ações governamentais, todos os cidadãos devem ser constantemente instruídos e chamados à razão para os perigos ocultos nas intervenções mais inocentes que realizam no meio ambiente a sua volta; e para a adoção de práticas que garantam a sustentabilidade de todos os seus atos e ações. Destinar corretamente os resíduos domésticos; a proteção dos mananciais que se encontrem em áreas urbanas e a prática de medidas simples que estabeleçam a cultura da sustentabilidade em cada família.
Assim, reduzindo-se os desperdícios, os despejos de esgoto doméstico nos rios e as demais práticas ambientais irresponsáveis; os danos causados ao meio ambiente serão drasticamente minimizados e a sustentabilidade dos assentamentos humanos e atividades econômicas de qualquer natureza estará assegurada.
Estimular o plantio de árvores, a reciclagem de lixo, a coleta seletiva, o aproveitamento de partes normalmente descartadas dos alimentos como cascas, folhas e talos; assim como o desenvolvimento de cursos, palestras e estudos que informem e orientem todos os cidadãos para a importância da participação e do engajamento nesses projetos e nessas soluções simples para fomentar a sustentabilidade e a conservação do meio ambiente.
Uma medida bem interessante é ensinar cada família a calcular sua influência negativa sobre o meio ambiente (suas emissões) e orientá-las a proceder de forma a neutralizá-las; garantindo a sustentabilidade da família e contribuindo enormemente para a conservação do meio ambiente em que vivem. Mas, como se faz par calcular essas emissões? Na verdade é uma conta bem simples; basta calcular a energia elétrica consumida pela família; o número de carros e outros veículos que ela utilize e a forma como o faz e os resíduos que ela produza. A partir daí; cada família poderá dar a sua contribuição para promover práticas e procedimentos que garantam a devolução à natureza de tudo o que usaram e, com essa ação, gerar novas oportunidades de redá e de bem estar social para sua própria comunidade.
O mais importante de tudo é educar e fazer com que o cidadão comum entenda que tudo o que ele faz ou fará; gerará um impacto no meio ambiente que o cerca. E que só com práticas e ações que visem a sustentabilidade dessas práticas; estará garantindo uma vida melhor e mais satisfatória, para ela mesma, e para as gerações futuras.
O MEIO AMBIENTE EM PERIGO
Hoje, quando assistimos a TV, o que mais escutamos é de como devemos cuidar do nosso corpo, como devemos nos alimentar, vestir e esquecemos do principal, o meio em que vivemos. Quantas vezes nessa semana você jogou aquele papel de bala pela janela do carro? Você ja parou para pensar nisso? que somente este fato você já está ajudando a destruir o lugar onde você vive.Alguns médicos afirmam que hoje a média de vida dos brasileiros aumento, mas me digam, para que viver mais em um planeta que está a beira do caos?
Não entendo como o Ser Humano é chamado de "animal racional" se é somente ele o responsável pela maioria das catástrofes que nos assolam, veja se os chamados "animais irracionais" poluem o meio em que vivem, constroem bombas atômicas para destruir seus semelhantes, fazem guerras, despejam toneladas de CO2 na camada de ozônio.
Acredito que devemos rever nossos conceitos, e aprender a cuidar melhor da nossa "moradia", porquê do jeito que está, seremos os próximos a sentir de perto a extinção de uma raça. A natureza além de bela é exata, um dia irá pegar de volta o que lhe roubaram.
AD
O que é Sustentabilidade?
Raquel Nunes
Segundo a Wikipédia: Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade.
Mas afinal de contas; O que é sustentabilidade? E o que quer dizer isso
Sustentabilidade nos dicionários estará definida como a capacidade de ser sustentável. Mesmo parecendo uma redundância; esse conceito quando aplicado em relação à atuação humana frente ao meio ambiente em que vive é plenamente compreendido e se assenta como uma luva. Nesse contexto, entendemos que sustentabilidade é a capacidade de um indivíduo, grupo de indivíduos ou empresas e aglomerados produtivos em geral; têm de manterem-se inseridos num determinado ambiente sem, contudo, impactar violentamente esse maio. Assim, pode-se entender como a capacidade de usar os recursos naturais e, de alguma forma, devolvê-los ao planeta através de práticas ou técnicas desenvolvidas para este fim.
Desta forma, pode-se dizer que um empreendimento sustentável, ele devolve ao meio ambiente todo ou parte dos recursos que processou e garante uma boa qualidade de vida as populações que nele atuam ou que vivam nas imediações ou na área afetada pelo projeto. Garantindo assim, uma longa vitalidade e um baixo impacto naquela região durante gerações. Muito além das definições, o ideal de sustentabilidade total, onde toda a influência provocada, por um agrupamento humano ou em empreendimentos; é anulado através dos procedimentos adotados ainda é muito difícil. Mesmo assim, é importante ter em mente que adotar as práticas que transformem nossa presença em determinado lugar o mais sustentável possível é a única saída para determos a degradação ambiental que estamos experimentando nos últimos anos e as graves alterações climáticas que vemos causar grandes desastres em diversas partes do planeta.
É necessário entender o que é sustentabilidade é muito mais conhecer seu significado bonito e orientado para empresas e organizações ligadas ao meio ambiente. É muito importante entender e saber que a adoção de práticas sustentáveis na vida de cada indivíduo é um fator decisivo para possibilitar a sobrevivência da raça humana e a continuidade da disponibilidade dos recursos naturais.
Ao atuarmos de forma irresponsável e queimarmos indiscriminadamente nossos recursos naturais, sem dar tempo ao planeta para se recuperar, estamos provocando a escassez de recursos necessários a nossa sobrevivência e dificultando a vida de milhões de pessoas. Um exemplo clássico disso é a falta de água potável que muitas comunidades vem enfrentando em alguns países e que, se uma forma mais grave de escassez se manifestar, acabará causando guerras pela posse e conquista das fontes de água potável remanescentes.
Se todos entendessem a importância da adoção de práticas de sustentabilidade desde muito cedo; todas essas alterações climáticas poderiam ser evitadas ou retardadas ao máximo e os recursos naturais estariam disponíveis e fartos por muito mais tempo. O que daria tempo para a humanidade buscar formas mais eficientes para resolver esses problemas em longo prazo.
Ações aparentemente simples e de pouco impacto, quando tomadas por um grande número de pessoas, tornará a sustentabilidade uma realidade palpável e real em qualquer parte onde haja a presença humana e garantirá a sobrevivência de nossa espécie por muito mais tempo.
A MATA ATLÂNTICA
A Mata Atlântica é reconhecida internacionalmente como uma das prioridades em termos de conservação de florestas tropicais. Ocupando principalmente as planícies e vertentes voltadas para o mar, estendia-se originalmente do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul englobando 17 estados brasileiros, abrangendo uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados.
Atualmente com cerca de 5% de sua extensão original, aproximadamente 52.000 Km2, encontra-se extremamente fragmentada e reduzida à manchas disjuntas, concentradas nas regiões Sudeste e Sul, principalmente em locais de topografia acidentada e nas unidades de conservação.
Seu clima é equatorial ao norte e quente temperado sempre úmida ao sul com temperaturas médias altas e elevada pluviosidade.
Seu solo é frequentemente de composição argilosa, de natureza granítica ou gnáissica pobre em nutrientes minerais, contudo, a exuberância desta floresta em solo originalmente tão pobre pode ser explicada pela presença de serrapilheira, importante fator na disponibilidade de nutrientes em ecossistemas florestais.
O bioma mais rico em biodiversidade do planeta, a Mata Atlântica é classificada como um conjunto de fisionomias e formações florestais, denominadas Mata Ombrófila Densa, Mata Ombrófila Mista, Floresta Estacional Semidecidual e Estacional Decidual e ecossistemas associados como manguezais, restingas, brejos interioranos, campos de altitude e ilhas costeiras e oceânicas; classificadas de acordo com a composição florística da área, isto é, que espécies vegetais compõe a floresta. A composição florística por sua vez, é determinada pelas condições físico-químicas do ambiente, como luz, temperatura, umidade do solo, topografia entre outras.
O bioma Atlântico apresenta uma extraordinária diversidade florística. Estima-se a presença de mais de 20 mil espécies da flora, muitas ainda desconhecidas pela ciência. A característica marcante desta mata é o grande número de lianas, epífitas, fetos arborescentes e palmeiras. Na fauna da Mata Atlântica existem cerca de 260 espécies de mamíferos, 620 de aves, 200 de répteis, 280 de anfíbios e 350 de peixes. Um grande número destes animais figura na lista de espécies ameaçadas de extinção devida á destruição de seu habitat. As principais causas de perda deste bioma são o desmatamento, a proliferação das pastagens, o plantio de eucaliptos e a implantação de monoculturas comerciais como a soja e a cana e os assentamentos irregulares...
CONSUMO DE SACOS PLÁSTICOS
“O Brasil ignora os danos ambientais causados pelas sacolas plásticas e consome quantidades impressionantes anualmente.”
Por Marco Pozzana - Biólogo
Quando recuso as sacolas que me são oferecidas em supermercados para transportar minhas compras, percebo que algumas pessoas me olham com estranheza.
Isto porque a cultura do saco plástico está profundamente enraizada na sociedade brasileira. Mesmo sabendo que estes indesejáveis sacos de supermercado, drogarias e praticamente todo o comécio varejista causam enorme impacto no meio ambiente, o brasileiro segue consumindo números inaceitáveis deste utensílio.
A mania vem crescendo desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O fato é que o despejo indiscriminado de plásticos na natureza fez do consumidor um colaborador de uma terrível tragédia ambiental.
A grande maioria das sacolas plásticas disponíveis em supermercados brasileiros são feitas de resina sintética originadas do petróleo, não são biodegradáveis e podem levar centenas de anos para se decompor. Nos mares, além de enfeiar a paisagem, podem matar animais como tartarugas, que são vítimas frequentes pois confundem o material com as medusas, sua presa natural.
"As chuvas e esgotos levam as sacolas que não foram corretamente descartadas para o mar, provocando grande impacto no ambiente."
Um material assim, tão difícil de eliminar, é problema certo para o meio ambiente, uma vez que os custos para se reciclar essas sacolas superam os custos da produção. Se queimados, liberam dioxina, um supertóxico que provoca câncer e outras enfermidades.
Na Europa, de maneira geral, as pessoas tomam atitudes bem mais corretas. Na Itália, Alemanha, França e outros países, a plasticomania deu lugar à sacolamania. Quem não leva sua própria sacola para carregar as compras é obrigado a comprar na loja. O preço é salgado.
O LIXO URBANO.
Logo depois dos problemas de água potável e do destino dos dejetos, o lixo urbano é uma das maiores preocupações de ordem sanitária e ambiental do Prefeito de qualquer cidade brasileira. Na zona rural ainda é pior, pois nem coleta domiciliar acontece, e o desconhecimento dos problemas sanitários e ambientais daí resultantes, é bem maior, pelo descaso das autoridades locais.
Foi citado na Agenda 21 Global, em junho de 1992, sediada no Rio de Janeiro, em documento assinado por 170 países, que não menos de 5,2 milhões de pessoas, entre elas 4 milhões de crianças menores de 5 anos, morrem a cada ano devido a enfermidades relacionadas com o lixo. Os resultados para a saúde são especialmente graves no caso da população mais pobre.
Dados da Associação Brasileira de Limpeza Pública indicam que 76% dos detritos produzidos no país são jogados em lixões (como o da imagem ao lado) e outros 13% nos chamados "aterros controlados", que são locais onde o lixo é somente confinado, sem técnicas básicas de Engenharia para proteger o Meio Ambiente. Apenas 10% do total coletado são colocados em aterros sanitários. Isso significa que cerca de 90% do lixo produzido no Brasil são depositados a céu aberto, sem qualquer cuidado ambiental.
A falta de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, faz com que o Brasil deixe de ganhar, pelo menos, US$ 4.6 bilhões, todo ano, por não reciclar no volume devido o seu lixo (atividade que tem como condição básica, um sistema de coleta seletiva), cuja quantidade vem aumentando de maneira preocupante. A produção per cápita de lixo no Brasil varia de 0,3 a 1,1 kg/hab.dia e, quanto maior o poder aquisitivo da população, maior é a quantidade de lixo produzida por habitante. Só a cidade do Rio de Janeiro produz 8.000 t/d de lixo.
As usinas de tratamento do lixo (chamadas de usinas de reciclagem e compostagem pelos técnicos, como a da foto, localizada no interior de Minas Gerais), podem ser uma solução viável para a destinação do lixo e, por esta razão, os aspectos sociais, ambientais e de saúde pública, deveriam predominar sobre o econômico.
As vantagens de uma Política Pública adequada à solução do problema do lixo, através, por exemplo, da implantação de uma Usina de Reciclagem e Compostagem do Lixo na comunidade são:
Desonerar a Prefeitura dos serviços de coleta, transporte, destinação final e desobstrução de galerias, rios e canais, pela diminuição da quantidade de lixo a ser manuseada pelos garis;
Contribuir para que a não destinação do lixo jogado nas encostas dos morros, provoque desmoronamentos por ocasião das chuvas.