sexta-feira, setembro 11, 2009

GOOGLE LANÇA O SITE DE BUSCA ECOPLANET
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http://www.eco4planet.com/pt/

A novidade é que:
- A cada 50.000 consultas uma árvore será plantada, e fica disponível no portal o número de mudas atingido.
- O fundo preto da tela, que a princípio gera estranhamento, descansa os olhos e economiza 20% de energia do monitor (as práticas responsáveis quase sempre acumulam benefícios).

A iniciativa é nova (a contagem de árvores começou no mês passado), ainda faltam ajustes, como por exemplo os locais de plantio e detalhes como se há ou não a preocupação com o reflorestamento e com as espécies dos respectivos biomas. Mas acredito que em breve, essas questões serão devidamente esclarecidas, e por isso peço que, por favor, divulguem esta notícia.

O número de mudas ainda está muito baixo, porque poucas pessoas conhecem esta iniciativa.

Mudem vocês também! .
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Rio Manaquiri é um dos afluentes do rio Solimões
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A Crítica.
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A falta de chuvas na cidade de Manaquiri (AM), cidade que fica a 65 km de Manaus, provoca mortes de peixes no rio que leva o nome da cidade e é afluente do Solimões. Por causa da situação a Prefeitura de Manaquiri poderá decretar estado de emergência. Há três dias os peixes mortos bóiam na encosta do rio. .

Desmatadores destroem a

floresta livremente no interior do Pará

Falta fiscalização, e quem denuncia a devastação é ameaçado.
Promotora quer responsabilizar secretários por crimes ambientais.


Do Globo Amazônia,

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Pará lidera o número de queimadas na Amazônia. Já são quase nove mil focos registrados este ano. Em muitos casos, fazendeiros e assentados ateiam fogo na mata para aumentar as áreas de pasto e de plantio.
Quando amanhece, as nuvens são de poeira. Pelo interior do Pará, os madeireiros não encontram dificuldades para transportar as toras retiradas da floresta. Não há fiscalização alguma.
Quando passam pelos postos do governo do Pará, os caminhões não são parados. Muitos não têm nem placas. Um motorista disse que tinha documentação da carga, mas o fiscal não apareceu: “Quem vai fiscalizar? Não tem ninguém aí. Vou embora”.
Quem denuncia o desmatamento costuma ser ameaçado de morte. É o que acontece em um conjunto de fazendas conhecidas como "Chumbo Grosso". É uma área de conflito, invadida por famílias que esperam pela reforma agrária.
Madeireiros e fazendeiros tentam expulsar os agricultores para ficar com as terras e a mata. Um lavrador se recusou a sair e quase foi morto por pistoleiros. “Quando chegaram, chegaram atirando e eu me escondi. Eles falavam que iam me matar, iam arrancar a minha cabeça”, relata.
Segundo a associação de moradores, pelo menos 230 famílias vivem na área e o clima de tensão é permanente. Durante a noite, parte da madeira é retirada ilegalmente da fazenda. Os caminhões utilizam uma estrada rural para levar as toras até as serrarias.
A equipe de reportagem foi até o local também de dia e o transporte de madeira continuava. Era tanta pressa para retirar as toras que um caminhão capotou. Os ladrões de madeira agem tranquilamente também nos rios da região. Em Paragominas, no nordeste do Pará, chegaram a abrir portos clandestinos para descarregar as toras trazidas de outros municípios. Depois, tudo é transportado em carretas até as madeireiras da região.
A promotora Ana Maria Magalhães de Carvalho quer responsabilizar os secretários de Meio Ambiente e de Segurança Pública do Pará por este e
outros casos de crimes contra o meio ambiente em áreas invadidas. “A omissão é muito grande. Digo que eles não levam a sério o problema ambiental, não levam a sério”, aponta.
Os secretários não se manifestaram. Já o Ibama diz que as operações têm contribuído para a redução no desmatamento, mas o tamanho do estado dificulta a fiscalização.
Segundo o Inpe, o Pará lidera o desmatamento na Amazônia. Entre 2001 e 2008, foram destruídos 46 mil quilômetros quadrados de florestas, uma área maior que o estado do Rio de Janeiro.


Como o cidadão comum pode plantar
árvores e salvar áreas degradadas



-Uma floresta no quintal – Não é preciso ser milionário para reflorestar uma área com árvores da Mata Atlântica. Belisa Ribeiro, jornalista, mudou-se há dois anos para um sítio em Miguel Pereira, a 130 quilômetros do Rio de Janeiro. Ela sempre curtiu a noite, é mãe de músicos. Um deles é Gabriel, o Pensador. Belisa não faz o perfil ecológico. Um dia recebeu em seu sítio a visita de um casal de tucanos. Para ela, foi um sinal da natureza. Um privilégio, um milagre. Miguel Pereira é uma região degradada, com morros queimados, muita erosão e pouca consciência ambiental. Por Ruth de Aquino, na Revista ÉPOCA, Edição 540 – 22/09/2008 .

E se ela criasse uma pequena floresta com mudas nativas da Mata Atlântica? Outras aves surgiriam: sanhaços, sabiás, coleiros. Talvez seu exemplo fosse seguido pelos vizinhos. Mas, Belisa pensou, isso não passa de sonho. Reflorestamento é um lance para top models como Gisele Bündchen ou empresas como a Vale do Rio Doce. Uma pessoa comum não tem dinheiro nem técnica para topar um desafio desses. Em pouco tempo, ela viu que estava errada.

Belisa não só reflorestou um morro abandonado com 2 mil mudas de 61 espécies nativas, mas também se transformou numa “agente multiplicadora” do Instituto Educa, ligado à Fundação SOS Mata Atlântica. Os agentes multiplicadores são formados pelo programa Floresta do Futuro. Belisa reduziu seus custos ao ceder o sítio para palestras de conscientização de proprietários rurais. Gastou ao todo menos de R$ 6 mil. As mudas foram doadas, e os engenheiros florestais não cobraram pelo projeto. Belisa gastou apenas com a equipe que plantou as árvores ao longo de seis dias e abriu uma trilha para ecoturismo. Isso aconteceu em maio. As mudas têm etiquetas com o nome vulgar e o científico. A pitangueira é uma Eugenia uniflora. O ipê-roxo é uma Tabebuia impetiginosa. O pau-brasil é uma Caesalpinia echinata. A quaresmeira é uma Tibouchina granulosa.

Naturalmente, ninguém é obrigado a decorar os imponentes nomes científicos para ser um reflorestador. É preciso buscar orientação técnica em primeiro lugar, para saber como, onde, o que e quando plantar. E como manter vivas as mudas. Árvores exóticas não ajudam a enriquecer o ecossistema, diz Rita Souza, do Instituto Educa Mata Atlântica. O instituto administra um viveiro comunitário da Fundação SOS, patrocinado pelo Bradesco e pela Volkswagen. Produz 1 milhão de mudas por ano e procura produtores rurais e proprietários que queiram plantar na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. Também há viveiros em São Paulo (Osasco, Registro, Marília e Campinas) e no Espírito Santo (Vila Velha).

As mudas são doadas, jamais vendidas. A doação mínima para um proprietário rural é de 5 mil mudas. Mas, se você for uma pessoa comum, e quiser plantar uma árvore de Mata Atlântica em um jardim, acesse clickarvore.com.br para saber qual é o viveiro do Instituto Educa mais próximo de você. Vá até lá para conseguir uma muda de graça. As melhores espécies são aquelas que já existem em sua região e que atraiam fauna, para, depois, “a floresta andar sozinha”, diz Rita Souza.

Adianta plantar uma árvore numa área degradada? Adianta mais do que na Floresta Amazônica. Mais do que em bosques. “Essa árvore funciona como uma testemunha de sobrevivência, um símbolo de resistência. A árvore é mais importante quanto maior for a escassez de vegetação”, afirma Márcia Garrido, a engenheira florestal que ajudou Belisa a reflorestar seu sítio. “Daqui a um ano”, diz Belisa, “as mudas de margaridas enfeitarão as beiradas da trilha deste meu pequeno Jardim Botânico e, quem sabe, outras pessoas da região estarão fazendo o mesmo.”

ÉPOCA preparou um pequeno manual do reflorestador iniciante. O Brasil só tem hoje 7% de sua Mata Atlântica original. Você pode fazer diferença.

Dicas para tornar-se um reflorestador

* A melhor época para plantar é no início do período das chuvas, logo que passa o inverno. No Sudeste, seria o mês de setembro. Deve-se evitar o plantio em épocas de seca.

* O site www.clickarvore.com.br traz informações sobre como ganhar mudas.

* Procure uma empresa que se responsabilize pelo reflorestamento, como a Coopflora, cujo e-mail é coopflora1@gmail.com.

* Planeje, para depois do plantio, uma visita mensal de um engenheiro florestal que garanta a sobrevivência da floresta, com irrigação, combate a formigas, capina, roçada, adubação e limpeza. Pode custar R$ 10 mil ao longo de três anos. .

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