quarta-feira, maio 12, 2010


Desmatadores destroem a floresta livremente no interior do Pará

Falta fiscalização, e quem denuncia a devastação é ameaçado.
Promotora quer responsabilizar secretários por crimes ambientais.

Do Globo Amazônia,

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Pará lidera o número de queimadas na Amazônia. Já são quase nove mil focos registrados este ano. Em muitos casos, fazendeiros e assentados ateiam fogo na mata para aumentar as áreas de pasto e de plantio.
Quando amanhece, as nuvens são de poeira. Pelo interior do Pará, os madeireiros não encontram dificuldades para transportar as toras retiradas da floresta. Não há fiscalização alguma.
Quando passam pelos postos do governo do Pará, os caminhões não são parados. Muitos não têm nem placas. Um motorista disse que tinha documentação da carga, mas o fiscal não apareceu: “Quem vai fiscalizar? Não tem ninguém aí. Vou embora”.
Quem denuncia o desmatamento costuma ser ameaçado de morte. É o que acontece em um conjunto de fazendas conhecidas como "Chumbo Grosso". É uma área de conflito, invadida por famílias que esperam pela reforma agrária.
Madeireiros e fazendeiros tentam expulsar os agricultores para ficar com as terras e a mata. Um lavrador se recusou a sair e quase foi morto por pistoleiros. “Quando chegaram, chegaram atirando e eu me escondi. Eles falavam que iam me matar, iam arrancar a minha cabeça”, relata.
Segundo a associação de moradores, pelo menos 230 famílias vivem na área e o clima de tensão é permanente. Durante a noite, parte da madeira é retirada ilegalmente da fazenda. Os caminhões utilizam uma estrada rural para levar as toras até as serrarias.
A equipe de reportagem foi até o local também de dia e o transporte de madeira continuava. Era tanta pressa para retirar as toras que um caminhão capotou. Os ladrões de madeira agem tranquilamente também nos rios da região. Em Paragominas, no nordeste do Pará, chegaram a abrir portos clandestinos para descarregar as toras trazidas de outros municípios. Depois, tudo é transportado em carretas até as madeireiras da região.
A promotora Ana Maria Magalhães de Carvalho quer responsabilizar os secretários de Meio Ambiente e de Segurança Pública do Pará por este e
outros casos de crimes contra o meio ambiente em áreas invadidas. “A omissão é muito grande. Digo que eles não levam a sério o problema ambiental, não levam a sério”, aponta.
Os secretários não se manifestaram. Já o Ibama diz que as operações têm contribuído para a redução no desmatamento, mas o tamanho do estado dificulta a fiscalização.
Segundo o Inpe, o Pará lidera o desmatamento na Amazônia. Entre 2001 e 2008, foram destruídos 46 mil quilômetros quadrados de florestas, uma área maior que o estado do Rio de Janeiro.

domingo, maio 02, 2010

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Jacutinga reproduz em reserva
natural no Leste de Minas
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O desmatamento e a caça predatória reduziram drasticamente a população do animal na região
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Ana Lúcia Gonçalves -
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Seis filhotes foram vistos ao lado das jacutingas adultas na reserva natural
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IPABA - Jacutingas (Pipile jacutinga) adultas que foram soltas na Reserva Particular do Patrimônio Nacional (RPPN) Fazenda Macedônia, mantida pela Cenibra em Ipaba, no Leste do Estado, reproduziram após serem reintroduzidas na natureza. O fato é considerado inédito no Brasil pelo especialista em Meio Ambiente da Coordenação de Licenciamento Ambiental da empresa, Edson Valgas. Os monitores da reserva observaram seis filhotes acompanhando os animais adultos.
“Trata-se dos primeiros filhotes da espécie nascidos em vida livre na RPPN”, destaca o especialista. “Agora, podemos afirmar que o projeto está no caminho certo, ou seja, está contribuindo para retirar a jacutinga da lista de espécies ameaçadas de extinção”, acrescenta.
Os primeiros casais de jacutinga foram reintroduzidos nas matas da Fazenda Macedônia em 2003. Eram dez casais há cerca de sete anos. Atualmente, já foram contabilizados 17 devolvidos ao habitat natural. “Como alguns casais migraram para outras matas da região, acreditamos que o número de filhotes de jacutinga seja ainda maior”, avalia Valgas.
A jacutinga é uma ave da família dos cracídeos, mede cerca de 75 centímetros e alimenta-se de frutos e alguns invertebrados. Ela é natural da Mata Atlântica e podia ser vista, com frequência, nesse habitat até 1960. O desmatamento e a caça predatória reduziram drasticamente a população e, atualmente, a espécie é considerada criticamente em perigo de extinção em Minas Gerais e ameaçada de extinção em nível nacional. Em nível mundial, é mencionada na Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) como vulnerável.
Segundo o especialista em meio ambiente, a última observação de jacutingas no Leste de Minas Gerais ocorreu em 1981, no Parque Estadual do Rio Doce, que fica na divisa entre as cidades de Ipatinga, Timóteo e Marliéria. Isso confirma que a espécie ocorria na região, a sua extinção regional e que o projeto de reintrodução é a única alternativa para o repovoamento das matas com jacutingas. “Destaca-se que elas são aves dispersoras de sementes e que sua extinção pode desencadear a de diversas espécies vegetais”, afirma.
Ainda de acordo com Valgas, o registro da reprodução das espécies reintroduzidas por meio do Projeto de Reintrodução de Aves Silvestres Ameaçadas de Extinção (Projeto Mutum), desenvolvido pela Cenibra, demonstra que, tanto em cativeiro quanto no campo, a reintrodução de animais na natureza, o monitoramento e a manutenção de áreas protegidas são estratégias bem sucedidas para a conservação das espécies ameaçadas da fauna brasileira.
Para Paulo Dantas, coordenador de Licenciamento Ambiental da Cenibra, a RPPN Fazenda Macedônia é um exemplo da convivência harmônica da atividade produtiva e a conservação da biodiversidade. Segundo ele, os projetos de reflorestamento com ucalipto são implementados utilizando as mais modernas técnicas, visando obter a máxima produção de madeira, mantendo a capacidade produtiva do ambiente.
E os serviços ambientais oferecidos pelas áreas protegidas, tais como regularização da vazão dos cursos d’água; produção de água de boa qualidade; espaço para procriação da vida silvestre; limpeza da atmosfera por meio do sequestro do gás carbônico, dentre outros, são mantidos com os trabalhos realizados de recuperação, proteção, pesquisa, monitoramento e educação ambiental.
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Projeto Mutum já soltou várias espécies
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O Projeto Mutum é pioneiro e desenvolvido há 20 anos pela Cenibra na Fazenda Macedônia. O trabalho é realizado por meio de um acordo de cooperação técnico-científica entre a empresa e a Sociedade de Pesquisa do Manejo e da Reprodução da Fauna Silvestre (Crax), entidade não governamental sediada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
O projeto já possibilitou a soltura do mutum-do-sudeste, do macuco, da capoeira, do jaó, do inhambuaçu, do jacuaçu e da jacutinga.
“Na sede da Crax, é feito todo o trabalho de preparação das aves e manejo adequado, de forma a proporcionar mais facilidade de rea-daptação ao habitat natural. De lá, elas seguem para a Fazenda Macedônia, reconhecida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como RPPN”, explica Edson Valgas.
O país possui mais de 900 RPPNs, sendo 217 em Minas Gerais. Elas são consideradas espaços fundamentais para a realização de atividades de cunho científico, educacional e cultural.
Localizada à margem direita do Rio Doce, a Fazenda Macedônia conta com uma área total de aproximadamente 3 mil hectares, dos quais cerca de 50% estão cobertos com vegetação nativa. No restante da área são implementados projetos de reflorestamento com eucalipto.
A área de florestas nativas da Fazenda Macedônia, com cerca de 1.500 hectares, é um dos principais remanescentes de Mata Atlântica no Estado, e parte desta (560 hectares) é reconhecida pelo Ibama por meio da portaria 111, de 14 de outubro de 1994, como RPPN. O acordo de cooperação técnico-científica entre a Cenibra e a Crax foi firmado em 1990 e prevê a reintrodução de espécies silvestres ameaçadas de extinção em seu habitat natural.
“Trata-se de um trabalho inovador, tanto no Brasil quanto no exterior, já que contempla não só a proteção ou criação em cativeiro de animais ameaçados, mas também a sua recondução ao ambiente de origem”, explicou Valgas, contando que, com esse projeto, a Cenibra já recebeu, entre outros, o prêmio Minas Ecologia na categoria “Fauna”, concedido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e pela Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda ).
Com relação ao mutum-do-sudeste, o projeto já conta com a quarta geração de mutuns livres, reproduzidos na reserva desde os primeiros exemplares soltos, com anilhas, em 1991. Em 1995, ocorreu o nascimento do primeiro filhote de mutum-do-sudeste reintroduzido na natureza. Esse fato teve repercussão científica internacional, pois, até então, esta ave havia conseguido procriar em seu habitat, após ter sido reintroduzida pelo homem.
A iniciativa representa uma esperança de sobrevivência a essa ave típica da Mata Atlântica, abundante no período colonial do Sudeste do Brasil e que hoje está ameaçada de extinção.

segunda-feira, abril 19, 2010

Aquífero na Amazônia pode ser o maior
do mundo, dizem geólogos



Reserva Alter do Chão tem volume de 86 mil km³ de água potável.
Quantidade permitiria abastecer população mundial por 100 vezes.
Glauco Araújo


Do G1, em São Paulo


Seca causa falta de água potável na Ilha de Marajó, no ParáInvestir em saneamento e água potável dá retorno financeiroUm grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apresentou um estudo, na sexta-feira (16), que aponta o Aquífero Alter do Chão como o de maior volume de água potável do mundo. A reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá e tem volume de 86 mil km³ de água doce, o que seria suficiente para abastecer a população mundial em cerca de 100 vezes, ainda de acordo com a pesquisa. Um novo levantamento, de campo, deve ser feito na região para avaliar a possibilidade de o aquífero ser ainda maior do que o calculado inicialmente pelos geólogos.

Em termos comparativos, a reserva Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água potável que o Aquífero Guarani - com 45 mil km³ de volume -, até então considerado o maior do país e que passa pela Argentina, Paraguai e Uruguai. "Os estudos que temos são preliminares, mas há indicativos suficientes para dizer que se trata do maior aquífero do mundo, já que está sob a maior bacia hidrográfica do mundo, que é a do Amazonas/Solimões. O que nos resta agora é convencer toda a cadeia científica do que estamos falando", disse Milton Matta, geólogo da UFPA.

O Aquífero Alter do Chão deve ter o nome mudado por ser homônimo de um dos principais pontos turísticos do Pará, o que costuma provocar enganos sobre a localização da reserva de água. "Estamos propondo que passe a se chamar Aquífero Grande Amazônia e assim teria uma visibilidade comercial mais interessante", disse Matta, que coordenou a pesquisa e agora busca investimento para concluir a segunda etapa do estudo no Banco Mundial e outros patrocinadores científicos.

domingo, abril 11, 2010


Sequência de 'Avatar' terá cenas na Amazônia,diz Cameron em SP

Floresta abrigará cenas, mas não equipe de gravação, diz diretor.
Ele plantou pau-brasil, ao lado de Sigourney Weaver e Victor Fasano.


Da EFE

O cineasta James Cameron e a atriz Sigourney Weaver em plantio de árvore no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, neste domingo (11). (Foto: Divulgação)O diretor de cinema James Cameron anunciou neste domingo (11), em São Paulo, que a sequência do sucesso de bilheteria "Avatar" terá imagens filmadas na Amazônia brasileira.
"Vamos ter cenas da Amazônia brasileira, mas não deslocaremos uma grande equipe de gravação", comentou Cameron em breves declarações à imprensa após plantar uma muda de pau-brasil no Parque do Ibirapuera.
O cineasta havia descartado filmar a sequência de "Avatar" em alguma floresta real por causa do impacto ambiental que teriam as filmagens.
Assim como na primeira parte da saga, "Avatar 2" terá suas gravações em uma "floresta vazia", criada com efeitos de animação digital em um estúdio de gravação, combinadas com algumas poucas cenas reais do verde amazônico.
Campanha mundial pelo plantio de árvores
Cameron, que está no Brasil há duas semanas e participou do Fórum Internacional de Sustentabilidade da Amazônia em Manaus, junto ao ex-vice-presidente americano Al Gore, iniciou em São Paulo uma campanha mundial para o plantio de árvores, promovida pela equipe de "Avatar".
A campanha ecológica liderada por Cameron foi uma iniciativa dos estúdios Twentieth Century Fox Home Entertainment, produtores do filme, e do movimento Earth Day Network (Rede do Dia da Terra), com a meta de que sejam plantadas 1 milhão de árvores em 15 países até o fim deste ano.
O ambientalista esteve acompanhado por sua esposa, a atriz americana Suzy Amis, e de Sigourney Weaver, uma das protagonistas de "Avatar", sucesso de bilheteria que arrecadou até agora US$ 1,859 bilhão.
Neste primeiro dia de campanha para o plantio de árvores, diante de uma centena de pessoas, participaram autoridades locais de meio ambiente e o ator brasileiro Victor Fasano, que lidera um movimento ambientalista vinculado à Amazônia.
O início da campanha coincide também com o lançamento hoje em São Paulo do filme "Avatar" para o mercado brasileiro de DVD e de Blu-ray, em um ato que contou com a presença de Cameron e Weaver.

quarta-feira, abril 07, 2010


- Árvore - Porque Plantar -

Porque Plantar Nativas

Primeiro vamos a nomenclatura:
Nativa: Ocorre naturalmente na região que se está tratando.
Exótica: Não ocorre naturalmente na região que se está tratando.
Endêmica: Espécie que ocorre exclusivamente na região que se está tratando.

Uma espécie que é nativa da Austrália é considerada exótica no Brasil, como é o caso do Eucalipto. Uma espécie pode ser Nativa do Brasil, porém endêmica da Bahia, como é o caso da piaçava. Isso quer dizer que em São Paulo, ou em Amazonas, esta espécie é considerada Exótica.

Os benefícios de se plantar árvores nativas de sua região, além de não ter os problemas das exóticas, estão descritos a baixo:

- O alimento é exatamente os que os animais nativos precisam.

- Fazem parte de uma determinada floresta onde uma espécie ajuda a outra, de diversas formas.

- Dificilmente espécies nativas são exterminadas por pragas, pois já desenvolveram muito bem uma defesa para cada praga da região. Muito indicadas em plantios orgânicos, que desejam não utilizar agrotóxicos.

- A relação entre os nutrientes disponíveis, e os nutrientes necessários para a árvore, é harmoniosa.

- São as árvores nativas que os pássaros nativos procuram para fazer seus ninhos. Você já reparou que em matas de Eucalipto ou Pinus houve-se muito pouco ou quase nenhum som de pássaros e outros animas?

- E por último, se exitem mais de 500 espécies só na Mata Atlântica, das mais variadas formas, das mais lindas flores das mais cobiçadas madeiras do mundo....

segunda-feira, março 29, 2010



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O aquecimento é bom para a floresta. Entrevista especial com Aziz Ab’Saber
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Convicto de que o aquecimento global não depreda as florestas, mas contribui para seu crescimento, o geólogo Aziz Ab’Saber, em entrevista, por telefone, à IHU On-Line, confessa que “quando eles começaram a falar nos jornais que o aumento da temperatura ia derruir a Amazônia e derruir o sudeste do Brasil até o Rio Grande do Sul, eu fiquei desesperado com a estupidez. E o tempo está mostrando: quanto mais calor, mais umidade, mais penetração”.
Aziz Nacib Ab’Saber, 85 anos, é geógrafo e professor universitário brasileiro considerado referência em assuntos relacionados a impactos ambientais e meio ambiente. Laureado com as mais altas honrarias científicas nacionais e internacionais em Ecologia, Geologia e Arqueologia, é membro honorário da Sociedade de Arqueologia Brasileira. É também presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, e professor-honorário do Instituto de Estudos Avançados da mesma universidade. Embora tenha se aposentado compulsoriamente no final do século XX, mantém-se em plena atividade no século XXI.
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Confira a entrevista.
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IHU On-Line – O senhor pode fazer uma análise da política ambiental brasileira nos últimos oito anos? Quais os principais avanços, fracassos e limites?
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Aziz Ab’Saber – Pelo que tenho acompanhado dia-a-dia nos jornais, a política ambiental brasileira é muito irregular. Nesses últimos oito anos, nós tivemos a dona Marina Silva, que é uma pessoa extraordinária, fala bem, mas conhece mal o Brasil. Então, não teve a possibilidade de fazer uma política ambiental que pudesse abranger do norte da Amazônia, de Roraima, até o Rio Grande do Sul, ou do Rio Grande do Norte até o Brasil Central. Ela cuidou muito bem de assuntos do Acre. Depois dela veio o Minc, um homem de ONGs. E as ONGs, como se sabe, nesse país, são organizações ditas não-governamentais, mas o que elas desejam sempre, através de seus líderes, é transformar-se em governamentais. Nesse sentido, as ONGs têm focos específicos, projetam-se para certos temas e também não entendem de fatos mais integrados relacionados com as diferentes regiões do país. E têm surgido grandes erros por parte dos administradores. Eu não quero fazer críticas pessoais, mas, do ponto de vista do governo federal, é lamentável o que tem acontecido.
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IHU On-Line – Como o senhor vê a transposição do Rio São Francisco?
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Aziz Ab’Saber – Os governantes acharam que transpondo águas do São Francisco iam resolver o problema da água no Nordeste. Pois a transposição foi transformada em bandeira eleitoreira, e até agora não foi feita. A gente sabia que ia acontecer esse problema. Além disso, o governo teimou em dizer que ia resolver o problema do semiárido na sua área total e para sua população total. Isso não é verdade. E eu chamei a atenção para o fato de que, no nordeste, existem dois períodos bem diferenciados: um período muito seco, com pouquíssima evaporação, no qual o lençol freático desce muito, e, além disso, durante seis meses, os rios ficam secos, o lençol de água vai se infiltrando abaixo do nível do leito dos rios. O nordestino sabe que sobra um pouco de água embaixo das areias do leito seco, mas são assuntos que precisam ser percebidos. Por exemplo, a fase muito seca é que precisa de mais água retirada do Rio São Francisco, já a fase chuvosa não precisa tanto. Mas tem um problema: a fase mais seca significa menos água para as grandes usinas hidrelétricas. Então a coisa é mais séria do que os governantes dizem para o povo, e que a mídia depois expõe de um modo não muito correto.
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IHU On-Line – O senhor pode explicar suas razões para justificar por que o aquecimento é bom para a floresta?
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Aziz Ab’Saber – O aquecimento na região de área tropical já é um fato. Aqui, em São Paulo, no começo do século passado, a temperatura média era de 18,6ºC, segundo os informes obtidos por uma pequena estação metereológica particular. E hoje é de 20,8ºC. Isso quer dizer que, na região de São Paulo, considerada isoladamente, o aquecimento foi muito grande, em termos médios. Por outro lado, o aquecimento nas cidades de certas bacias urbanas, de redes urbanas bastante amplas, também aumentou um pouco mais, mas não tanto como na cidade de São Paulo. E, levando-se em conta o desmatamento muito grande que houve no estado de São Paulo, que não possui mais de 8% de matas preservadas exatamente na serra do mar, mas para dentro dos planaltos, onde existem vários tipos de agriculturas e de vida agrária importante, certamente houve um aquecimento. Eu tenho chamado a atenção para dizer que o aquecimento é uma realidade e que pode ocorrer ao longo de 100, 200, 300 anos, e pode provocar realmente um aumento do nível dos mares nas zonas costeiras brasileiras. Isso me deixa bastante preocupado com as cidades que estão em planícies rasas. E enfatizo que, quanto mais calor, mais evaporação, e isso é o mais importante de tudo: quanto mais evaporação, mais entrada de umidade para essa faixa atlântica que é conhecida sempre sob o nome genérico de matas atlânticas. Então, quanto mais umidade entrar para o lugar que cria matas atlânticas ao longo desse trecho que vem desde o sudeste do Rio Grande do Norte até o sudeste de Santa Catarina, menos depredação da vegetação, dos ecossistemas das florestas tropicais e atlânticas do Brasil. Isso é lógico. Quando eles começaram a falar nos jornais que o aumento da temperatura ia derruir a Amazônia e derruir o sudeste do Brasil até o Rio Grande do Sul, eu fiquei desesperado com a estupidez. E o tempo está mostrando: quanto mais calor, mais umidade, mais penetração.
Anos anômalos
Só que é preciso saber também que existem anos mais complexos, mais anômalos. De 12 em 12 anos, de 13 em 13, ou de 26 em 26 anos, há períodos extremamente complicados do ponto de vista da dinâmica climática. Basta lembrar o caso do nordeste de Santa Catarina, que eu estudei com cuidado quais foram as épocas de mais chuvas lá, e dá exatamente de 13 em 13 ou de 12 em 12 anos. Então, fiz um trabalho, que está publicado no Instituto de Estudos Avançados da USP, que pode ser encontrado no site da Scielo (1) . Ali se pode ler o que eu deduzi sobre Santa Catarina. A conclusão foi bastante séria. Eu disse que se os governantes que conheceram a tragédia de Santa Catarina não fizerem obras e projetos adequados para melhorar ou minimizar os efeitos das grandes precipitações da serra catarinense, com descida das águas para Blumenau e para o Vale do Itajaí nos próximos dez anos, antes que venha outro ano anômalo, vão acontecer tragédias de maior consequência. E isso vale para outras áreas do país.
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IHU On-Line – Quais as consequências mais graves para a sociedade da falta de saneamento e do tratamento de água de baixa qualidade?
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Aziz Ab’Saber – O problema do desenvolvimento demográfico e do uso incorreto das águas em grandes cidades brasileiras é um dos mais sérios problemas que o país tem em termos de saneamento básico. Às vezes, pessoas de diversas áreas dizem assim: em vez do pessoal de São Paulo falar de assuntos amazônicos, deveria cuidar de despoluir as águas do Rio Tietê. Isso mostra que existem problemas de todo o tipo no Brasil, e alguns muito difíceis de serem resolvidos. Aqui em São Paulo, dentro da cidade propriamente dita, temos doze milhões de habitantes, mais a grande São Paulo, que está muito entrosada em termos de escoamento de águas e de córregos poluídos. Então, a dificuldade para despoluir as águas do Tietê é imensa. Têm sido resolvidos alguns problemas de inundações, nem todos, mas a despoluição é quase que impossível, porque existe a descarga de mais de 100 córregos da grande São Paulo, levando águas poluídas e esgotos mal tratados para o Tietê. Então, nós temos problemas imensos de saneamento básico, afinal de contas, São Paulo é a segunda maior cidade do mundo, e a região metropolitana de São Paulo é a maior do mundo.
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(Ecodebate, 15/03/2010) publicado pelo IHU On-line, parceiro

segunda-feira, março 22, 2010


Água poluída mata mais que violência no mundo, diz ONU
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Anualmente morrem 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos.
Cerca de 2 bilhões de toneladas de água são sujas diariamente.


Da Reuters

A população mundial está poluindo os rios e oceanos com o despejo de milhões de toneladas de resíduos sólidos por dia, envenenando a vida marinha e espalhando doenças que matam milhões de crianças todo ano, disse a ONU no dia 22 de março/10

"A quantidade de água suja significa que mais pessoas morrem hoje por causa da água poluída e contaminada do que por todas as formas de violência, inclusive as guerras", disse o Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês).


Dois milhões de toneladas de resíduos contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente.

Contaminantes na água comprometem reprodução de várias espécies Franceses celebram Dia Mundial da Água com fila de banheiro gigante em Paris

Em um relatório intitulado "Água Doente", lançado para o Dia Mundial da Água nesta segunda-feira, o Unep afirmou que dois milhões de toneladas de resíduos, que contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente, causaram gigantescas "zonas mortas", sufocando recifes de corais e peixes.

O resíduo é composto principalmente de esgoto, poluição industrial e pesticidas agrícolas e resíduos animais.

Segundo o relatório, a falta de água limpa mata 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos de idade anualmente. Grande parte do despejo de resíduos acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90 por cento da água de esgoto sem tratamento.

A diarréia, principalmente causada pela água suja, mata cerca de 2,2 milhões de pessoas ao ano, segundo o relatório, e "mais de metade dos leitos de hospital no mundo é ocupada por pessoas com doenças ligadas à água contaminada."

O relatório recomenda sistemas de reciclagem de água e projetos multimilionários para o tratamento de esgoto.

Também sugere a proteção de áreas de terras úmidas, que agem como processadores naturais do esgoto, e o uso de dejetos animais como fertilizantes.

"Se o mundo pretende... sobreviver em um planeta de seis bilhões de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos nos tornar mais inteligentes sobre a administração de água de esgoto", disse o diretor da Unep, Achim Steiner. "O esgoto está literalmente matando pessoas."
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sexta-feira, setembro 11, 2009

GOOGLE LANÇA O SITE DE BUSCA ECOPLANET
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http://www.eco4planet.com/pt/

A novidade é que:
- A cada 50.000 consultas uma árvore será plantada, e fica disponível no portal o número de mudas atingido.
- O fundo preto da tela, que a princípio gera estranhamento, descansa os olhos e economiza 20% de energia do monitor (as práticas responsáveis quase sempre acumulam benefícios).

A iniciativa é nova (a contagem de árvores começou no mês passado), ainda faltam ajustes, como por exemplo os locais de plantio e detalhes como se há ou não a preocupação com o reflorestamento e com as espécies dos respectivos biomas. Mas acredito que em breve, essas questões serão devidamente esclarecidas, e por isso peço que, por favor, divulguem esta notícia.

O número de mudas ainda está muito baixo, porque poucas pessoas conhecem esta iniciativa.

Mudem vocês também! .
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Rio Manaquiri é um dos afluentes do rio Solimões
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A Crítica.
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A falta de chuvas na cidade de Manaquiri (AM), cidade que fica a 65 km de Manaus, provoca mortes de peixes no rio que leva o nome da cidade e é afluente do Solimões. Por causa da situação a Prefeitura de Manaquiri poderá decretar estado de emergência. Há três dias os peixes mortos bóiam na encosta do rio. .

Desmatadores destroem a

floresta livremente no interior do Pará

Falta fiscalização, e quem denuncia a devastação é ameaçado.
Promotora quer responsabilizar secretários por crimes ambientais.


Do Globo Amazônia,

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Pará lidera o número de queimadas na Amazônia. Já são quase nove mil focos registrados este ano. Em muitos casos, fazendeiros e assentados ateiam fogo na mata para aumentar as áreas de pasto e de plantio.
Quando amanhece, as nuvens são de poeira. Pelo interior do Pará, os madeireiros não encontram dificuldades para transportar as toras retiradas da floresta. Não há fiscalização alguma.
Quando passam pelos postos do governo do Pará, os caminhões não são parados. Muitos não têm nem placas. Um motorista disse que tinha documentação da carga, mas o fiscal não apareceu: “Quem vai fiscalizar? Não tem ninguém aí. Vou embora”.
Quem denuncia o desmatamento costuma ser ameaçado de morte. É o que acontece em um conjunto de fazendas conhecidas como "Chumbo Grosso". É uma área de conflito, invadida por famílias que esperam pela reforma agrária.
Madeireiros e fazendeiros tentam expulsar os agricultores para ficar com as terras e a mata. Um lavrador se recusou a sair e quase foi morto por pistoleiros. “Quando chegaram, chegaram atirando e eu me escondi. Eles falavam que iam me matar, iam arrancar a minha cabeça”, relata.
Segundo a associação de moradores, pelo menos 230 famílias vivem na área e o clima de tensão é permanente. Durante a noite, parte da madeira é retirada ilegalmente da fazenda. Os caminhões utilizam uma estrada rural para levar as toras até as serrarias.
A equipe de reportagem foi até o local também de dia e o transporte de madeira continuava. Era tanta pressa para retirar as toras que um caminhão capotou. Os ladrões de madeira agem tranquilamente também nos rios da região. Em Paragominas, no nordeste do Pará, chegaram a abrir portos clandestinos para descarregar as toras trazidas de outros municípios. Depois, tudo é transportado em carretas até as madeireiras da região.
A promotora Ana Maria Magalhães de Carvalho quer responsabilizar os secretários de Meio Ambiente e de Segurança Pública do Pará por este e
outros casos de crimes contra o meio ambiente em áreas invadidas. “A omissão é muito grande. Digo que eles não levam a sério o problema ambiental, não levam a sério”, aponta.
Os secretários não se manifestaram. Já o Ibama diz que as operações têm contribuído para a redução no desmatamento, mas o tamanho do estado dificulta a fiscalização.
Segundo o Inpe, o Pará lidera o desmatamento na Amazônia. Entre 2001 e 2008, foram destruídos 46 mil quilômetros quadrados de florestas, uma área maior que o estado do Rio de Janeiro.


Como o cidadão comum pode plantar
árvores e salvar áreas degradadas



-Uma floresta no quintal – Não é preciso ser milionário para reflorestar uma área com árvores da Mata Atlântica. Belisa Ribeiro, jornalista, mudou-se há dois anos para um sítio em Miguel Pereira, a 130 quilômetros do Rio de Janeiro. Ela sempre curtiu a noite, é mãe de músicos. Um deles é Gabriel, o Pensador. Belisa não faz o perfil ecológico. Um dia recebeu em seu sítio a visita de um casal de tucanos. Para ela, foi um sinal da natureza. Um privilégio, um milagre. Miguel Pereira é uma região degradada, com morros queimados, muita erosão e pouca consciência ambiental. Por Ruth de Aquino, na Revista ÉPOCA, Edição 540 – 22/09/2008 .

E se ela criasse uma pequena floresta com mudas nativas da Mata Atlântica? Outras aves surgiriam: sanhaços, sabiás, coleiros. Talvez seu exemplo fosse seguido pelos vizinhos. Mas, Belisa pensou, isso não passa de sonho. Reflorestamento é um lance para top models como Gisele Bündchen ou empresas como a Vale do Rio Doce. Uma pessoa comum não tem dinheiro nem técnica para topar um desafio desses. Em pouco tempo, ela viu que estava errada.

Belisa não só reflorestou um morro abandonado com 2 mil mudas de 61 espécies nativas, mas também se transformou numa “agente multiplicadora” do Instituto Educa, ligado à Fundação SOS Mata Atlântica. Os agentes multiplicadores são formados pelo programa Floresta do Futuro. Belisa reduziu seus custos ao ceder o sítio para palestras de conscientização de proprietários rurais. Gastou ao todo menos de R$ 6 mil. As mudas foram doadas, e os engenheiros florestais não cobraram pelo projeto. Belisa gastou apenas com a equipe que plantou as árvores ao longo de seis dias e abriu uma trilha para ecoturismo. Isso aconteceu em maio. As mudas têm etiquetas com o nome vulgar e o científico. A pitangueira é uma Eugenia uniflora. O ipê-roxo é uma Tabebuia impetiginosa. O pau-brasil é uma Caesalpinia echinata. A quaresmeira é uma Tibouchina granulosa.

Naturalmente, ninguém é obrigado a decorar os imponentes nomes científicos para ser um reflorestador. É preciso buscar orientação técnica em primeiro lugar, para saber como, onde, o que e quando plantar. E como manter vivas as mudas. Árvores exóticas não ajudam a enriquecer o ecossistema, diz Rita Souza, do Instituto Educa Mata Atlântica. O instituto administra um viveiro comunitário da Fundação SOS, patrocinado pelo Bradesco e pela Volkswagen. Produz 1 milhão de mudas por ano e procura produtores rurais e proprietários que queiram plantar na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. Também há viveiros em São Paulo (Osasco, Registro, Marília e Campinas) e no Espírito Santo (Vila Velha).

As mudas são doadas, jamais vendidas. A doação mínima para um proprietário rural é de 5 mil mudas. Mas, se você for uma pessoa comum, e quiser plantar uma árvore de Mata Atlântica em um jardim, acesse clickarvore.com.br para saber qual é o viveiro do Instituto Educa mais próximo de você. Vá até lá para conseguir uma muda de graça. As melhores espécies são aquelas que já existem em sua região e que atraiam fauna, para, depois, “a floresta andar sozinha”, diz Rita Souza.

Adianta plantar uma árvore numa área degradada? Adianta mais do que na Floresta Amazônica. Mais do que em bosques. “Essa árvore funciona como uma testemunha de sobrevivência, um símbolo de resistência. A árvore é mais importante quanto maior for a escassez de vegetação”, afirma Márcia Garrido, a engenheira florestal que ajudou Belisa a reflorestar seu sítio. “Daqui a um ano”, diz Belisa, “as mudas de margaridas enfeitarão as beiradas da trilha deste meu pequeno Jardim Botânico e, quem sabe, outras pessoas da região estarão fazendo o mesmo.”

ÉPOCA preparou um pequeno manual do reflorestador iniciante. O Brasil só tem hoje 7% de sua Mata Atlântica original. Você pode fazer diferença.

Dicas para tornar-se um reflorestador

* A melhor época para plantar é no início do período das chuvas, logo que passa o inverno. No Sudeste, seria o mês de setembro. Deve-se evitar o plantio em épocas de seca.

* O site www.clickarvore.com.br traz informações sobre como ganhar mudas.

* Procure uma empresa que se responsabilize pelo reflorestamento, como a Coopflora, cujo e-mail é coopflora1@gmail.com.

* Planeje, para depois do plantio, uma visita mensal de um engenheiro florestal que garanta a sobrevivência da floresta, com irrigação, combate a formigas, capina, roçada, adubação e limpeza. Pode custar R$ 10 mil ao longo de três anos. .

sexta-feira, março 13, 2009


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Primavera!


Até a cadeira
olha pela janela

Alice Ruiz
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ATENÇÃO TODOS OS CLUBES DO DLC12:
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Estamos disponibizando no endereço abaixo, o PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL elaborado pela Asssessoria de Programas de Meio Ambiente, dirigido a todos os clubes.

Clique no endereço abaixo e copie:
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. http://www.lionsdlc12.org.br/ambiental.pdf

O HOMEM E O MEIO AMBIENTE
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Autora: Edilza Santos Dutra Nery Ferreira


O que nós queremos para o futuro do nosso planeta?

No princípio o homem se preocupava apenas com o seu bem estar, como se os recursos naturais fossem infinito.
Desta forma foi evoluindo intelectualmente, e a cada dia se preocupando com suas necessidades fisiológicas que hoje reconhecemos como abrigo, alimentação, emprego, enfim as necessidades básicas de um individuo. Uma vez satisfeitas essas necessidades, já procurava algo mais, como segurança, melhores amigos, satisfação do ego e auto-realização. Este processo não tem fim. É um ciclo vicioso. Onde a vaidade fala mais alto.
Com o passar dos tempos, a paisagem de um planeta natural, totalmente recoberto por árvores, rios limpos, solo perfeito foi desaparecendo, sendo substituído por um ecossistema artificial. Hoje, a cidade parece mais um ferro a vapor, liberando gases quentíssimos, principalmente nas horas de pico, quando as pessoas estão saindo do trabalho, da escola ou indo para um feriadão.
Como se não bastasse destruir as florestas para satisfazer suas necessidades básicas de moradia, poluem os rios diminuindo a vazão, prejudicando o transporte fluvial e desta forma afetando a biodiversidade aquática que, a cada década, extingue algumas espécies que talvez ainda nem tenhamos conhecido e que a sua ausência influencie ainda mais o aquecimento global.
O nosso planeta está se aquecendo, isto provocará eventos climáticos intensos, como secas, estiagens, vendavais inundações e outros fenômenos talvez mais catastróficos.
Os efeitos do aquecimento global têm sido observados em nossas geleiras e, como consequência ainda maior o aumento do nível do mar, que também acontece devido à propriedade de expansão das moléculas de água quando aquecidas.
Temos que repensar o nosso futuro, não adianta olhar para trás e chorar as águas poluídas e as árvores derrubadas. Nosso planeta já esta com uma população superior à sua capacidade natural, porem não tem mais volta. O segredo está em unirmos nossas forças e trabalharmos em prol de um desenvolvimento sustentável.
Já existem trabalhos nas escolas com as crianças de hoje, que serão os homens conscientes de amanhã.
Se trabalharmos a engenharia civil fazendo cidades totalmente voltadas para o meio ambiente em todos os aspectos, se preocupando com o saneamento básico, reaproveitando cada gota de água, utilizando a energia solar e principalmente construindo um asfalto semelhante às rochas magmáticas que são fortes, porém porosas, onde a água da chuva poderá se absorvida pelo solo, teremos um mundo melhor.

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EGD CL Jorge Coelho de Sá (RJ) disse:

Caro CL Aluizio

SALVE O VERDE !

Parabenizamos o DLC12 pela indicação de seu nome para tão importante Assessoria. Tratando-se do Meio Ambiente, assunto que nos preocupa e ao mundo inteiro _ as catástrofes ambientais que assolam grande parte do planeta.
Sua matéria , completa, interessante merece ser divulgada amplamente .Moramos no Alto da Boa Vista , dentro da Floresta da Tijuca ( a maior Floresta Urbana do mundo) e vemos, com grande temor, casas sendo construídas , devastando as matas e surgindo as favelas. O Rio de Janeiro está se tornando uma grande favela.
Parabéns, CL Aluizio ! Levaremos para o nosso Clube( LIONS CLUBE RJ IPANEMA) para enriquecer, com suas informações, a nossa Campanha sobre o Meio Ambiente .
Leonisticamente

EGD CL Jorge Coelho de Sá( LC1 A/L 2003/2004 ) e CªL Nelly Chio Ming Coelho de Sá
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Ano 2070.
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-Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo quando tinha 5 anos. Havia muitas árvores nos parques. As casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro por aproximadamente uma hora. Tudo era muito diferente.

Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Antes, meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que utilizávamos a água dessa forma. Agora, raspamos a cabeça para mantê-la limpa sem água. Recordo que havia muitos anúncios que diziam para CUIDAR DA ÁGUA, só que ninguém lhes dava atenção. Pensávamos que a água jamais poderia terminar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastrointestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.

A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam os empregados com água potável em vez de salário. Os assaltos por um litro de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Antes, a quantidade de água indicada como ideal para se beber era oito copos por dia, por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo. Tivemos que voltar a usar as fossas sépticas como no século passado porque a rede de esgoto não funciona mais por falta de água.

A aparência da população é horrorosa: corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não têm a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Com o ressecamento da pele, uma jovem de 20 anos parece ter 40. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores, o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações.

Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Alterou-se a morfologia dos gametas de muitos indivíduos. Como conseqüência, há muitas crianças com insuficiências, mutações e deformações. O governo até nos cobra pelo ar que respiramos: 137 m3 por dia por habitante adulto. Quem não pode pagar é retirado das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar. Não são de boa qualidade, mas se pode respirar. A idade média é de 35 anos. Em alguns países restam manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército. A água tornou-se um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui não há árvores porque quase nunca chove.

E quando chega a ocorrer uma precipitação, é de chuva ácida. As estações do ano foram severamente transformadas pelas provas atômicas e pela poluição das indústrias do século XX. Advertiam que era preciso cuidar do meio ambiente, mas ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem, descrevo o quão bonito eram os bosques. Falo da chuva e das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse.

O quanto nós éramos saudáveis! Ela pergunta-me: Então, sinto um nó na garganta! - Papai! Por que a água acabou? Não posso deixar de me sentir culpado porque pertenço à geração que acabou de destruir o meio ambiente, sem prestar atenção a tantos avisos. Agora, nossos filhos pagam um alto preço... Sinceramente, creio que a vida na Terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.

Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto... enquanto ainda era possível fazer algo para salvar o nosso planeta Terra!

A ÁGUA ESTÁ COM SEDE DE ÁGUA.


AD



Climatologia do comportamento do período
chuvoso da região sudeste do Brasil

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Foram analisados dados diários de 203 estações pluviométricas localizadas na região Sudeste do Brasil, com o objetivo de caracterizar climaticamente e analisar a tendência do comportamento do período chuvoso. Os resultados indicam que o período chuvoso inicia mais cedo (entre 13 e 22 de setembro) e tem maior duração (210 a 229 dias) na região litorânea de São Paulo. Comportamento oposto ao observado nas regiões Norte e Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, onde o período chuvoso inicia em média, entre os dias 23 de outubro a 2 de novembro, durando apenas 136 a 155 dias. As datas de início e a duração do período chuvoso estão fortemente correlacionadas entre si, bem como, entre o total de precipitação e a duração do período chuvoso em praticamente todo o Sudeste do Brasil. De modo geral, desde meados da década de 1970, o período chuvoso tem iniciado precocemente e durado mais no Sudeste do Brasil. Quanto à quantidade de chuva, esta tem ocorrido em maiores quantidades somente na área MG3 (sudeste de Minas Gerais) e no estado de São Paulo.

Revista do Tempo.

SER MINEIRO
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-Ser mineiro é não dizer o que faz, nem o que faz nem o que vai fazer, É fingir que não sabe, é falar pouco e escutar muito. É passar por bobo e ser inteligente. É vender queijos e possuir bancos. Um bom mineiro não laca boi com imbira.não da rasteira no vento, não pisa no escuro, Não anda no molhado, não estica conversa com estranhos, Só acredita na fumaça quando vê o fogo, Não troca um pássaro por dois voando. Ser mineiro é dizer uai, é ser diferente, e ter marca registrada, é ter historia. Ser mineiro é ter simplicidade e pureza, humildade e modéstia, Coragem e bravura, fidalguia e elegância. Ser mineiro é ver o nascer do sol e o brilhar da lua. É ouvir o cantar dos pássaros e o mugir do gado. É sentir o despertar de tempo e o amanhecer da vida. Ser mineiro é ser religioso e conservador, E cultivar as letras e as artes. É ser poeta e literato. É gostar de política e amar a liberdade. É viver nas montanhas e ter vida interior. É SER GENTE.



IBITURUNA – NATUREZA E POESIA



. (De 08 a 21 de outubro).

A 1ª MOSTRA FOTOGRÁFICA DO IPhC, será realizada no período de 08 a 21 de outubro de 2009, nas dependências do GV SHOPPING , é uma promoção do IBITURUNA PHOTO CLUBE DE GOV. VALADARES – MG em parceria com a Prefeitura Municipal de GV e Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer destina-se a estimular o gosto e interesse pela fotografia. Tem caráter exclusivamente cultural.
O Assessor de Programas de Meio Ambiente CL ALUÍZIO COSTA ROSA, estará participando e concorrendo a 05 prêmios. Esperamos que os CCLL visitem a exposição e votem nos nossos trabalhos.


Arquitetura verde


Por Guilherme Bryan
Guilherme.bryan .

Em 2050, a Terra terá mais de 9,2 bilhões de habitantes, dos quais cerca de dois terços viverão em cidades, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas. Além da falta de água e de eletricidade, o problema da fome se tornará ainda mais intenso, uma vez que não haverá onde plantar o suficiente para alimentar tanta gente.

A fim de impedir essa catástrofe, vários projetos de prédios autossustentáveis e até alguns destinados ao cultivo de frutas e vegetais estão sendo desenvolvidos no mundo, mas ainda sem previsão para saírem do papel. “Os edifícios consomem quase metade da energia gerada no mundo e a maioria das pessoas mora, trabalha e realiza atividades de lazer neles. Além disso, conforme as pessoas melhoram de vida, mais aumenta o consumo de energia. Porém, se olharmos hoje para esse problema crescente, o impacto dos edifícios no futuro será muito menor”, acredita Marcelo de Andrade Romero, vice-diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).

Foi com essa preocupação que, em 1999, o professor de saúde pública da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, Dickson Despommier, desenvolveu o conceito de “fazendas verticais” – prédios destinados a plantações hidropônicas (sem terra) de vegetais e frutas, separados por andar, e que geram a energia que necessitam, além de usar água da chuva.
A prefeitura de Nova York, nos Estados Unidos, já manifestou interesse numa construção de 30 andares que será capaz de alimentar 50 mil pessoas por ano.

Também para Nova York, o arquiteto franco-belga Vincent Callebaut, desenvolveu o edifício Dragonfly, uma estrutura de tubos, inspirada nas asas de uma libélula, capaz de distribuir água da chuva por todos os 132 andares, irrigando as diferentes plantações.

Outro projeto verde para a cidade é o do arquiteto Blake Kurasek, da Universidade de Illinois: um prédio com apartamentos projetados para moradia ou para a produção agrícola em estufas, terraços funcionando como pomares e o térreo destinado à compra e venda de alimentos.

No Brasil, até 2011, deverá estar em funcionamento, na USP, o prédio autossustentável do Centro de Estudos de Clima e Ambientes Sustentáveis (Ceca), onde haverá ventilação e iluminação naturais e uma redução de 30% no consumo de água tratada.

“O objetivo é demonstrar que é possível ter um edifício que gera toda a energia que consome e apresentar, aos alunos e à população em geral, tecnologias ainda pouco utilizadas”, acrescenta Romero, responsável pelo projeto.

Na Universidade de Waterloo, em Ontário, no Canadá, está em desenvolvimento um prédio de 59 andares que, além de servir para plantações, produzirá eletricidade a partir do lixo. Já a água do mar será a fonte de manutenção das estufas existentes no edifício criado pelos arquitetos italianos Cristiana Favretto e Antonio Girardi para Dubai, nos Emirados Árabes. E a reciclagem não será só a partir do lixo. Preocupada em proteger a fauna aquática do Golfo do México e não fazer dos oceanos ferros-velhos, a empresa norte-americana Morris
Architects pretende transformar em hotel as cerca de 4 mil plataformas de petróleo que serão desativadas na região.Telhados ecológicos
Se os projetos de fazendas verticais ainda estão no papel, muitos prédios e casas dos Estados Unidos, do Japão e da Alemanha já estão cobertos de jardins, com grama, flores e até arbustos. Com isso, cresce o número de áreas verdes, melhora a qualidade do ar, e há mais conforto térmico e redução do consumo de luz elétrica em casas e edifícios. “Essa é uma das ideias para resolver problemas que prejudicam as cidades. Imagine São Paulo com a mesma população, mas coberta de verde. O ar seria muito mais limpo e as enchentes diminuiriam, pois aumentaria a área permeável”, diz o engenheiro agrônomo João Manuel Linck Feijó, diretor da empresa Ecotelhado, responsável pelo “ecoteto”, já instalado em São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS).

EGD PAULO RUBENS FRANZONE disse:

Estimado CL Aluizio,


Agradeço sua gentileza na remessa dos email"s. Trabalho como este que vem sendo realizado pelo nobre Assessor deveria circular por todo o nosso imenso território brasileiro, visando conscientização de todos.
Leonisticamente.



EGD Paulo Rubens Franzone
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CL HELENO disse:

Como você sabe, estive viajando e quando cheguei, ontem, li suas mensagens.
Como estou com mais de setenta e-mails para ver, respondo que todas as mensagens estão com um fundo de pura verdade.
Às vezes agente fica pensando o quanto a coisa está ficando ruim, principalmente na natureza e ninguém toma as devidas providências.
Entretanto, vamos continuar fazendo nossa parte e mostra-las através da comunicação. Assim sendo talvez tomem os cuidados de agir com mais veemência.

Abraços fraternos,

CL – Heleno.
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CL EPC PEDRO AURÉLIO disse:


Prezados Companheiros, bom dia.

Interessantes as matérias contidas no site abaixo mencionado. O Manifesto dos Plantadores anonimos de árvores, a questão do Desmatamento da Mata Atlantica e a Transposição do Rio São Francisco são textos que deveriam ter maior divulgação. A cronica sobre a maneira de falar das mineiras, apesar de longa, descreve muito bem a forma de se comunicar, lá utilizada, da qual todos nós gostamos até por achar interessante...
Cumprimento ao CL ALUIZIO - Asessor de Meio Ambiente do Distrito LC 12 pela iniciativa e que muito mais se fale a respeito, inclusive com atualizações constantes do site.

PARABÉNS !
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CaL Yara Schreiner Cavalieri disse:


CL Pedro Aurélio, tambem achei muito bom o trabalho do Lions Clube de Ibituruna. Imprimi algumas partes para ler em reunião do meu clube, o Lions C. Juiz de Fora Rosas e Glórias. Vai servir como Instruçao Leonística.....

atenciosamente,

CaL Yara Schreiner Cavalieri. .
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Manifesto dos plantadores de árvores anônimos

Plantar árvores abre nossos corações para a sabedoria da Natureza. Nutri-los nos dá uma exposição à vunerabilidade da vida e nos ensina a construir uma comunidade humana e ecológica.

Não plantamos árvores para nós mesmos, mas para aqueles que estão por vir. A vida gera a vida, e dançando no seu ritmo podemos desfrutar com consciência o que passado adiante no passado.

Muitas pessoas nunca plantaram árvores por pensarem que não possuem a terra para plantá-las, o que é um grande erro. Somos filhos da Terra. Dividimos igualmente os vales, montanhas, rios e mares. Não nos enganemos mais!

Os plantadores de árvores anônimos não possuem uma organização formal, nenhuma taxa de adesão e somente a Terra possui a lista de membros (que é...) através do tempo. Para fazer parte, simplesmente plante uma árvore sem expectavida de ganho material, ajude a cuidar das existentes, ou guarde em seu coração seu significado.

Siga seus instintos, plante árvores em qualquer terra ou em qualquer lugar onde elas possam ter uma chance de se desenvolverem. Não se desanime com o sentimento de que você sempre precise de permissão para plantá-la. A natureza semeia sem pedir permissão. Você faz parte dela. Reconstruir o mundo é um dever e direito que vai além de qualquer conceito legal de posse de propriedade.

Você pode adquirir espécies nativas de viveiros. Melhor ainda, plante mudas de aroeiras, ipês, em um vaso ou colha e semeie sementes de seus locais originais. Demora muito para uma araucária crescer? Talvez você não precise viver esperando se satisfazer com resultados imediatos. Tente começar com algumas mudas de árvores em seu quintal ou na sacada do seu apartamento. Não se importe com onde você poderá transplantar as mudas. Cultive-as primeiro. A vida cuidará do resto, quando for a hora certa.

Não se preocupe demais com as perdas. Aceite isso como parte do processo. Lembre-se que existe outros plantadores de árvores por aí. O que importa não é o sucesso ou o fracasso individual, mas todo o processo como um todo que dividimos.

Plantar árvores é amar a Terra. O plantio anônimo recria o selvagem. Então vamos amar e viver de modo selvagem. Não tenhamos medo de crescer e de mudar.

Vamos celebrar - a própria vida!

Artigo publicado pela revista Do or Die n°5


Desmatamento de Mata Atlântica em Minas Gerais:
áreas preservadas não têm sustentabilidade



A conservação de apenas 9,62% da Mata Atlântica no território mineiro preocupa os ambientalistas. A superintendente executiva da Amda, Maria Dalce Ricas, ressalta que a porcentagem preservada apontada pelo Atlas dos Remanescentes Florestais do bioma inclui pequenos fragmentos de apenas três hectares, que não têm valor e sustentabilidade ambiental. “São fragmentos que sofrem do efeito de borda, ou seja, são literalmente comidos pelas beiradas. Pelo menos 95% desse fragmentos são pobres em espécies vegetais e não abrigam mais algumas espécies da fauna. Se forem apuradas as áreas de Mata Atlântica com valor ambiental, poderemos ter uma surpresa desagradável”, disse.

Dalce observa que alguns exemplares da fauna da Mata Atlântica, como a harpia (espécie de ave), estão extintos em Minas. Outro agravante no Estado, segundo a diretora de Gestão do Conhecimento e coordenadora do Atlas pela Fundação SOS Mata Atlântica, Márcia Hirota, é o fato de as áreas mais críticas estarem nos limites com o Cerrado. “O processo de destruição da Mata Atlântica também está acabando com o Cerrado”, disse. Um dos exemplos da junção dos dois biomas é o Parque Estadual da Serra do Rola Moça, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte e preservado por meio de decreto estadual de 1994.

Recém-nomeado presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, o geógrafo Roberto Messias Franco, ressalta a importância da preservação da Mata Atlântica. “Todos os biomas têm a sua importância, principalmente para as pessoas que vivem neles. A Mata Atlântica, pelo fato de ter sofrido séculos de exploração predatória, descuidada e irresponsável, merece um cuidado especial. A própria Constituição brasileira considera a Mata Atlântica como uma das prioridades e o que sobrou dela tem que ser visto zelosamente pela sociedade brasileira”, destacou.

O diretor geral do Instituto Estadual de Florestas – IEF, Humberto Candeias, questiona os dados do atlas. Segundo ele, estudos mais recentes realizados pelo órgão apontam a existência de mais de 5 milhões de hectares de Mata Atlântica em Minas, ao contrário do 1,5 milhão de hectares apontados pela pesquisa da SOS Mata Atlântica. “Foram usadas metodologias diferentes nas análises. O Atlas aborda apenas fragmentos com mais de três hectares, enquanto consideramos fragmentos acima de um hectare”.

Embora Minas tenha aparecido em segundo lugar no desmatamento de Mata Atlântica, entre 2000 e 2005, quando houve a destruição de 41.340 hectares do bioma, o Atlas aponta redução de 66% do desflorestamento na comparação com o período compreendido entre 1995 e 2000, quando foram devastados 121.061 hectares no Estado. “Apesar da queda, os totais estão elevados”, ressaltou Márcia Hirota.

Candeias cita o maior monitoramento das áreas, e a criação de políticas de emprego e renda para as comunidades que dependem da agricultura como determinantes para a redução.


Fonte: Hoje em Dia/Ernesto Braga. .

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Lei inédita protege as matas em Minas Ação do Governo
Uso industrial de produtos florestais nativos terá limite de 5%


A Assembleia Legislativa aprovou ontem o Projeto de Lei 2771, de autoria do Governo de Minas, que altera a legislação florestal no Estado e fixa, de maneira inédita no País, limites que irão reduzir progressivamente, até 2018, o consumo legal de produtos ou subprodutos originados da vegetação nativa de Minas Gerais, em especial o carvão vegetal. O texto vai agora para sanção do governador Aécio Neves e, com isso, Minas passa a ter, entre os estados brasileiros, uma das legislações mais rigorosas para a preservação e recuperação de suas matas nativas.

A nova lei estabelece que o consumo de produtos e subprodutos florestais de matas nativas não deverá ser maior do que 5%, a partir de 2018. A legislação atual permite que as indústrias supram toda a sua demanda por matéria-prima com produtos florestais de mata nativa, desde que haja reposição florestal.

O cronograma de redução estabelece que, entre 2009 e 2013, essas indústrias utilizem, no máximo, 15% de produtos extraídos de florestas. De 2014 a 2017, o máximo permitido será de 10%. E as empresas que se instalarem no Estado a partir da sanção da nova lei já serão obrigadas a comprovar que seu consumo é de 95% de matéria-prima proveniente de florestas plantadas. Caso alguma empresa opte por manter o consumo de matéria-prima nativa, até o limite de 15%, terá que garantir a reposição nas proporções fixadas pela lei. A utilização de 12 a 15% de consumo proveniente de mata nativa exige a reposição do triplo do consumido, ou seja, plantar três árvores para cada uma utilizada. Para a faixa entre 5 e 12%, a reposição será mantida com o dobro do consumido. E, até 5% a reposição será simples, de uma para uma.

Competição e monitoramento

A nova legislação garante, além da preservação das matas nativas em Minas Gerais, competitividade para as empresas mineiras que, ao utilizarem somente produtos provenientes de florestas plantadas, disputarão mercado em boas condições com empresas estrangeiras ao produzirem produtos limpos. A norma também prevê punições mais rigorosas para quem não cumprir os cronogramas de redução de consumo de matéria-prima florestal nativa. As punições previstas chegam à redução da capacidade de produção e até mesmo à suspensão das atividades.

A proposta aprovada pelo Legislativo prevê ainda o sistema eletrônico de rastreamento do transporte dos produtos florestais. Todas as transportadoras terão que instalar dispositivos eletrônicos em seus caminhões, que serão monitorados por satélite. O chip instalado permitirá o acompanhamento da trajetória da carga, identificando pontos de parada, desde a origem até o destino. O Instituto Estadual de Florestas (IEF) será responsável pela edição de uma norma que irá regulamentar o monitoramento eletrônico.

CANDEIAS FALA PARA OS LEÕES EM CARATINGA..

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No segundo dia da instalação do gabinete da governadoria do DLC 12 e do Primeiro Conselho Distrital para o Ano Leonístico 2009/2010, o presidente do IEF/MG Dr. Humberto Candeias, apresentou uma palestra que impressionou a todos pelos números alcançados pelo instituto que ele dirige e pela realidade do Meio Ambiente em nosso estado. Ele também ressaltou da importância do Lions Clube estar abraçando esta causa para que o quadro triste ainda existente possa ser mudado. O Gov. Célio Bonfim, em seguida, conclamou a todos para que se empenhem em seus clubes no sentido de fazer com que o seu lema SUSTENTABILIDADE: COMPROMISSO DE TODOS NÓS, seja bem sucedido.


Sistema Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais

Tel (31) 3219-5213

Cel (31) 9886-2008


A Diversidade Natural Mineira


Do imenso território mineiro, cerca de 30% da sua área é ocupada por lagos e rios e 1.252 km2 por áreas de preservação ambiental, entre parques estaduais e federais. Se o mar não está em nenhuma das divisas, a natureza soube compensar o Estado com suas 16 bacias fluviais que irrigam distintas formações vegetais.

A diversidade natural não pára por aí: dos oito ecossistemas brasileiros, três estão em Minas – Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga. Eles abrigam diferentes características de vegetação, clima e relevo, sendo habitat para 780 espécies de aves, 200 espécies de répteis e anfíbios, 380 espécies de peixes, 190 de mamíferos não-aquáticos, 1.600 espécies de borboletas e 482 espécies de abelhas, entre outras.
Terras planas, vales, colinas e montanhas definem o relevo fortemente acidentado com altitude média de 700 m. Minas integra o Planalto Atlântico, com destaque para as serras da Mantiqueira e do Espinhaço, e apresenta altitudes que variam entre 79 m, no município de Aimorés, a 2.890 m, no Pico da Bandeira, na Serra do Caparaó. Na vasta lista de rios destacam-se o São Francisco, cuja bacia drena 40% do território mineiro. Também são significativos os rios Jequitinhonha, Doce, Grande, Paranaíba, Mucuri e o Pardo.
A floresta tropical rasgada por faixas de Cerrado predomina na paisagem com clima tropical de altitude, apresentando em média 24°C, com mínimas de 9°C na região Sul e máxima de 33°C no Norte do Estado .

As diferentes formas de relevo e vegetação propiciam uma vasta diversidade de fauna e flora e apontam igualmente para a urgência de sua preservação. Ao longo da história, Minas Gerais sofreu intenso desmatamento de seus ecossistemas naturais em função do aproveitamento econômico. Dados recentes demonstram que a área do Estado originalmente coberta pela Mata Atlântica encontra-se reduzida a 4% e que a situação do Cerrado também é crítica.

O Estado de Minas Gerais se destaca pela riqueza de seus recursos naturais, representados pela imensa diversidade de sua fauna e flora, recursos hídricos e minerais e o extraordinário potencial energético. Com uma área total de 588.384 km2, representando 63% do Sudeste brasileiro, abriga as nascentes e parte significativa das bacias dos rios São Francisco, Grande, Doce, Jequitinhonha e Paranaíba. A presença dos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, com suas diferentes formações fisionômicas, faz do Estado o berço de uma grande diversidade biológica. Em seu relevo fortemente acidentado, destacam-se as formações rochosas de dois importantes complexos montanhosos do Sudeste: a Mantiqueira e o Espinhaço, onde se concentram espécies vegetais e animais endêmicas.

A grande riqueza mineral, aliada à ausência de uma política específica de ocupação e uso do solo, resultou na quase completa destruição dos biomas do Estado. A exploração do carvão vegetal para os pólos siderúrgicos - ocupando de início a Mata Atlântica e posteriormente o Cerrado - e a expansão da fronteira agropecuária foram responsáveis pelo desmatamento maciço do território mineiro. Estima-se que apenas 4% da Mata Atlântica original permaneçam em pequenas manchas isoladas. É forte também a pressão sobre o Cerrado, a Caatinga e os Campos Rupestres e de Altitude .


http://www.meioambiente.mg.gov.br/



REESTRUTURAÇÃO PARA SUSTENTABILIDADE

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Já dizia a canção... ”O Brasil não conhece o Brasil”. Com certeza muitos Valadarenses não conhecem uma Reserva Ambiental que existe na mata ciliar dos fundos do monumento Açucareira. Este espaço foi construído pela Associação Naturalista de Defesa Mental, Macrobiótica e Chá Caseiro criada pelo conhecido Zé Raizeiro.No local podemos encontrar várias espécies da Mata Atlântica em extinção e por falta de apoio poderia acabar.Vários alunos da cadeira GESTÃO AMBIENTAL da UNIPAC decidiram abraçar a luta para reestruturar o espaço e o LIONS CLUBE IBITURUNA também foi oferecer o seu apoio a está nobre causa.No domingo, 08h00, ficou decidido uma reunião no local e discutir ações para iniciar a recuperação e revitalização desta Área de Proteção tão importante para a comunidade vizinha e toda a cidade.Do LIONS CLUBE estiveram presentes o CL Ronaldo Guimarães e o CL Aluízio Costa Rosa, da UNIPAC os alunos Sarita Arantes, Francisco Jr. Rinara Andrade, Vanessa Pacheco e Iran José. Da Kosmus Produtos Naturais, Enilton e Ângela Maria, Da Associação Naturalista Eufrasina Rodrigues, Oswaldo Monreira, Mª Teresa (Tetê) e Heldo Armond membro da Associação e vereador. Foram discutidos vários assuntos que, com certeza, serão de grande valia para alavancar os trabalhos. Em breve estaremos apresentando aqui outras notícias sobre esta iniciativa.
Vejam as fotos. .






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Amazônia perde 124 km² de florestas em maio, diz Inpe


Área equivale a sete vezes a Ilha de Fernando de Noronha.
Houve queda de 89% em relação a mesmo mês de 2008.


Do Globo Amazônia, em São Paulo

A Amazônia perdeu pelo menos 123,7 km² de florestas no mês de maio – área equivalente a sete vezes a Ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa uma redução de 89% se comparado com o mesmo mês de 2008, quando foi registrado desmatamento de 1.096 km².

A leitura dos satélites foi prejudicada pelas nuvens, que cobriram 62% da Amazônia Legal. Em maio do ano passado, a área coberta por nuvens era de 46%.

O estado onde foram encontradas mais áreas desmatadas foi Mato Grosso, que teve 61,2 km² de florestas derrubadas. Em segundo lugar está Roraima, com 17,7 km², seguido pelo Maranhão, com 17,6 km².

Desmatamento da Amazônia em maio de 2009 Estado Área desmatada (km²) (% do estado coberta por nuvens)

Mato Grosso 61,2 7 %
Roraima 17,7 53 %
Maranhão 17,6 32 %
Rondônia 11,8 27 %
Pará 10,6 83 %
Tocantins 4,8 7 %
Acre - 84 %
Amapá - 99 %
Amazonas - 92 %
Amazônia Legal 123,7 62%

A Amazônia Legal é uma região formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
Desde o início do ano, a Amazônia acumula desmatamento de 543,2 km², uma queda de 85% em comparação com o mesmo período de 2008, quando os satélites do Inpe mediram 3.730,1 km² de devastação.

Alerta

A medição faz parte do sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que identifica apenas focos de devastação com área maior que 2.500 m². Para o cálculo das áreas desmatadas, são consideradas tanto as matas que foram completamente destruídas – que sofreram o chamado ‘corte raso’ – quanto os locais em que houve degradação parcial.
Em breve, os focos de desmatamento detectados pelo Inpe poderão ser vistos de forma simples e amigável no mapa interativo do Globo Amazônia, que mostra os pontos de destruição da floresta e possibilita aos internautas protestar contra queimadas e desmatamentos.
O sistema Deter é desenvolvido para dar apoio às fiscalizações contra crimes ambientais. Como consegue detectar áreas em que a floresta ainda não foi totalmente derrubada, ele permite que providências sejam tomadas antes que toda a mata seja destruída.
Fiscais do Ibama medem madeira apreendida no Pará. Nuvens cobriram 83% do estado, prejudicando a leitura feita pelos satélites. (Foto: Ibama-PA/Divulgação)
O balanço anual e consolidado do desmatamento na Amazônia é medido pelo sistema Prodes, também do Inpe, que tem resolução melhor e consegue detectar focos menores de destruição. Os dados desse sistema são divulgados pelo instituto no final do ano.
Como cuidar dos jardins no inverno

No Brasil, quando falamos em inverno a imagem que criamos é muito mais agradável do que uma paisagem coberta de neve, árvores com galhos secos e desfolhados e claro, ausência completa de flores. Tomando os devidos cuidados, as plantas dos jardins e dos vasos podem resistir bem aos efeitos do frio, chegando bonitas e sadias na primavera. Além disso, muitas espécies enfeitam e colorem nosso inverno, pois florescem nesta época.
As plantas de interior devem ter suas regas reduzidas. Nesta época do ano, com a redução do calor, diminui também a necessidade de água nas plantas. Todo o excesso de umidade acaba sendo convertido em problemas: apodrecimento das raízes, proliferação de fungos e insetos sugadores, etc.
Quanto às adubações, são recomendadas apenas para as plantas que se desenvolvem e florescem no inverno. Árvores, arbustos e cercas-vivas podem ser podados nesta época, desde que não estejam florindo. O período também é bom para fazer o transplante de trepadeiras, arbustos e árvores que estiverem em seu período de dormência.
Em julho e agosto, as roseiras devem ser podadas e adubadas com adubo orgânico. É a chamada poda anual das roseiras. A sabedoria popular afirma que o período mais propício para a poda é a Lua Minguante, quando o fluxo de energia da planta se volta para as raízes (na dúvida, não custa tentar). Em regiões mais frias, é recomendável aguardar a passagem das geadas sendo, portanto, o final do inverno o período mais indicado. Já nas regiões mais quentes, onde as geadas são quase raras, a poda pode ser feita no mês de julho.

Gramados
Muita gente fica preocupada com o gramado durante o inverno e, às vezes, exagera nos cuidados. Nos meses frios, a grama merece realmente alguns cuidados: limpeza, aeração e cobertura, mas sem dramas!

1. Limpeza: Deve começar com a retirada das ervas daninhas, de preferência manualmente para que sejam extirpadas as raízes. Depois disso, a grama pode ser aparada.
2. Aeração: Após o corte, é recomendável recolher o excesso de aparas, pois durante o inverno é preciso garantir a aeração do gramado. Retire os restos do corte com um ancinho ou uma vassoura de arame - a tarefa vai melhorar a aeração e a luminosidade e, ainda, diminuir a temperatura e umidade junto à grama, fatores que facilitam o surgimento de doenças. Outra medida que contribui para aumentar a circulação de ar entre as raízes da grama é fazer perfurações finas e profundas no solo, manualmente, usando uma ferramenta apropriada. É preciso, entretanto, tomar cuidado para não perfurar e danificar demais as folhas.
3. Cobertura: Em algumas regiões onde o inverno não é muito rigoroso, costuma-se dispensar a cobertura do gramado. Entretanto a prática não é indicada apenas como proteção contra o frio e geadas. A cobertura com terra vegetal incorpora ao solo alguns nutrientes e também ajuda a nivelar o gramado, cobrindo eventuais buracos. Não é preciso adicionar adubo à terra - nesta época a grama está em estado de repouso e a adubação não será bem aproveitada. Também não é preciso "soterrar" a grama: uma camada de no máximo 3 cm de altura é suficiente para cumprir a função. Caso o gramado apresente falhas, aproveite para corrigi-las antes da cobertura, completando as áreas com pedaços de placas de grama da mesma espécie. Após a cobertura, regue o gramado para ajudar a incorporar a terra.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é difícil obter um efeito florido no jardim, mesmo nos meses de inverno. O cultivo de floríferas garante o colorido e a vida nos jardins e canteiros, alegrando os dias frios. Os jardins localizados principalmente nas regiões mais ao sul do Brasil, onde o clima é mais ameno, podem ser enriquecidos com a introdução de plantas herbáceas floríferas de ciclos curtos ou anuais, especialmente no inverno.
Para que isso ocorra com êxito, precisamos nos preparar desde os meses de abril e maio, pois, entre a sementeira e o início da floração é necessário um mínimo de 60 dias. É bem possível ter uma exuberante floração em pleno inverno, mesmo em locais muito frios e sujeitos a geadas.
A floração de várias espécies ocorre sem interrupção durante meses, já outras são consideradas perenes como as iresines, a onze-horas e o gerânio, que podem durar até dez anos num jardim. O cultivo das anuais pode parecer primeiramente complicado, mas qualquer um que aprecie a jardinagem pode fazê-lo sempre tomando os cuidados básicos da semeadura que pode ser feita num canteiro, caixote ou estufim, abrigados com mistura de terra vegetal de boa drenagem e rega cuidadosa.
Não é aconselhável colocar muito adubo químico nas sementeiras. Após a germinação e enraizamento, as pequenas mudinhas devem ser repicadas, ou seja, separadas e plantadas em local definitivo.

Entre as diversas espécies anuais podemos destacar:

Boca-de-leão (Antirrhinum majus)
Flox (Phlox drummondii)
Prímula (Primula)
Amor-perfeito (Viola tricolor)
Lobélia (Lobelia erinus)
Cravina (Dianthus barbatus)
Calêndula (Calendula officinalis)
Gazânia (Gazania rigens)
Papoula (Eschscholtzia californica)
Cinerária (Senecio cruentus)
Angélica (Polianthes tuberosa)
Petúnia (Petunia), entre outras
Azaléia (Rhododendron indicum)
Bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima)
Caliandra (Calliandra tweedii)
Ciclame (Cyclamen persicum)
Suinã candelabro ou eritrina (Erythrina speciosa)
Orquídea Cymbídio (Cymbidium híbrido)
Kalanchoe ou gordinha (Kalanchoe blossfeldiana)
Jasmim-manga(Plumeria sp.)
Jasmim-amarelo (Jasminum primulinum)
Ipê rosa (Tabebuia pentaphylla)
Ipê amarelo (Tabebuia chrysotricha)
Glicínia (Wisteria sinensis)
Giesta (Spartium junceum)
Delfínio ou esporinha (Delphinium ajacis)
Cravo (Dianthus caryophyllus)
Congéia (Congea tomentosa)


INFORMAÇÕES RECENTES SOBRE AS OBRAS DE
TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO.

Reportagem de Roberto Malvezzi (Gogó)

Muitas pessoas escrevem perguntando sobre a situação da Transposição do São Francisco. Na verdade, se hoje a obra estivesse pronta, não haveria como levar uma única gota d´água do São Francisco para os estados receptores. Todos estão se afogando em águas. Em todo caso, em vista do calendário eleitoral, as obras deram um avanço, ainda que pequeno para sua magnitude. Estive na região de Floresta-PE esses dias e repasso as seguintes informações:

1) Segundo o bispo de Floresta, D. Adriano, as obras do eixo leste avançaram aproximadamente 20 km desde a tomada da água. É só terraplanagem, não há revestimento dos taludes.

2) A obra pára quando chega na reserva biológica de Serra Negra, território dos índios Pipipã e Kambiowá.

3) A obra é retomada depois da reserva, de Ibimirim a Sertânia. Um trecho de aproximadamente mais 100 km. Apenas se avista o canteiro de obras. Tudo indica que é apenas terraplanagem.

4) No Eixo Norte temos menos informações. Tudo indica que a obra vai da beira do rio até à barragem do Trucutu, distante 6 quilômetros. Após a estrada a obra já tem alguns revestimentos.

5) Vale a pena esclarecer a questão da reserva biológica de Serra Negra. Segundo o professor João Luís, da cidade de Floresta, foi a primeira criada no Brasil, em 1950, por um pioneiro da ecologia brasileira, o pernambucano Vasconcelos Sobrinho. É uma área de Mata Atlântica de 1.100 hectares incrustada na caatinga. Foi uma das bases para que Aziz Ab Saber criasse sua teoria dos “refúgios”. Além disso, é uma área sagrada para os índios, onde moram os “encantados”, há muito tempo espaço de celebrações ocultadas da civilização branca. Portanto, uma área de importância inestimável.

6) Moradores de Floresta, em um seminário promovido pela equipe da Cultura da Paz da diocese de Floresta, mostraram-se estarrecidos com o desmatamento da caatinga e o envio da madeira para carvão. Também a retirada da areia do rio Pajeú, inclusive dos barrancos, gerou inundação cidade nas últimas chuvas, fato nunca antes acontecido.

7) O Coronel do Exército, responsável pelas obras, que não compareceu ao evento, disse ao pessoal responsável pelo evento que os canais serão rodeados por uma estrada de cada lado e, após a estrada, haverá uma cerca. Nessa estrada haverá guardas motorizados fazendo a vigilância dos canais para que ninguém se aproxime. É o mesmo esquema do “Eixão” no Ceará, que é o mesmo adotado em outros países, como a Índia, onde a água foi privatizada.

8) Quanto à revitalização, estão acontecendo obras de saneamento em quase todo o vale do São Francisco, o que é muito importante para a vida do rio e saúde do povo. Entretanto, o próprio bispo de Floresta disse que “chegaram a refazer a obra na avenida central da cidade quatro vezes”. Como em outras cidades, não há nenhum controle de qualidade dessas obras, muito menos controle dos investimentos. Como tudo vai para debaixo da terra, fica difícil fazer qualquer avaliação. Em todo caso, se os canais forem concluídos, o São Francisco será novamente abandonado à sua própria sorte.

Roberto Malvezzi (Gogó) é Assessor da Comissão Pastoral da Terra, colaborador e articulista do EcoDebate.

[EcoDebate, 29/05/2009]


Meteorologia prevê temperatura na casa dos 12ºC na Grande BH. No Sul de Minas, há previsão de geadas

O inverno chega oficialmente no dia 21 de junho, mas os mineiros podem preparar os cobertores e tirar os agasalhos do armário para enfrentar madrugadas geladas e dias de muito frio até sexta-feira (5). Em Belo Horizonte e na região metropolitana, a temperatura mínima deve ficar em torno dos 12ºC. Já no Sul de Minas, os termômetros podem registrar um frio de doer: 5ºC.

De acordo com o coordenador do Centro de Climatologia MG Tempo, Ruibran dos Reis, no Sul do Estado existe a possibilidade de geada em alguns municípios próximos à serra da Mantiqueira, como Camanducaia, Lambari, Extrema e Monte Verde. "Essa queda nas temperaturas foi provocada por uma massa de ar polar que veio da Argentina e chegou a Minas Gerais na segunda-feira", explica.

Segundo Reis, o tempo frio predomina nos próximos dois dias. "Na quinta-feira (4) essa massa de ar polar começa a enfraquecer e se desloca para o oceano Atlântico", disse o meteorologista. A previsão é de que os termômetros voltem a subir na sexta-feira (5).

As temperaturas despencaram até nas regiões mais quentes de Minas, como no Triângulo Mineiro. Em Uberlândia, a mínima durante a madrugada de ontem foi de 8,2ºC. Já os moradores de Monte Verde, na região Sul, enfrentaram a madrugada mais fria do ano, quando os termômetros registraram 2,9ºC. Para o fim de semana, a expectativa é de sol mais forte.

Inverno

Para o inverno deste ano em Minas Gerais, a meteorologia prevê um frio menos rigoroso em relação ao ano do passado, com temperaturas em torno dos 2º C acima da média.

"Os modelos de previsão climática mostram que os fenômenos El Niño e La Niña não estão atuando sobre a América do Sul. Isso indica que as massas de ar polar não serão intensas durante o inverno", explica Ruibran dos Reis.

Segundo ele, a média das temperaturas na capital é de 13ºC (mínima) e 24ºC (máxima) no inverno.

Umidade

A umidade relativa do ar em Minas Gerais permanece alta. Na capital, o índice está acima de 85% durante a manhã e em torno de 40% à tarde. No inverno, a umidade fica abaixo dos 30%. As informações são do jornal O Tempo.
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Mudança climática já causa 315 mil mortes por ano, diz estudo

Pesquisa de órgão coordenado por Kofi Annan chama atenção para riscos.
Países mais pobres não causaram problema, mas são os que mais sofrem.


Da Reuters

A mudança climática mata cerca de 315 mil pessoas por ano, de fome, doenças ou desastres naturais, e o número deve subir para 500 mil até 2030, segundo um relatório divulgado nesta sexta-feira pelo Fórum Humanitário Global (FHG), entidade com sede em Genebra. O estudo estima que a mudança climática afete seriamente 325 milhões de pessoas por ano, e que em 20 anos esse número irá dobrar, atingindo o equivalente a 10% da população mundial da atualidade (6,7 bilhões).
Moradores observam nesta quarta-feira (27) a destruição causada pela passagem do ciclone Aila pela localidade indiana de Birbhum.
Os prejuízos decorrentes do aquecimento global já superam os 125 bilhões de dólares por ano -- mais do que o fluxo da ajuda dos países ricos para os pobres -- e devem chegar a 340 bilhões de dólares por ano até 2030, segundo o relatório. "A mudança climática é o maior desafio humanitário emergente do nosso tempo, causando sofrimento para centenas de milhões de pessoas no mundo todo", disse nota assinada pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, presidente do FHG. "Os primeiros atingidos e os mais afetados são os grupos mais pobres do mundo, embora eles pouco tenham feito para causar o problema", acrescentou.

O LADO NEGATIVO DE UMA FÁBRICA DE CELULOSE




O mau cheiro é prejudicial a saúde




Os odores emitidos pelas estações de tratamento de esgoto e ainda pelo tratamento da celulose, como acontece em Aracruz, norte do Estado, prejudicam também a saúde dos capixabas.

Segundo a engenheira mecânica, doutora em Engenharia Química e professora da Ufes Jane Meri Santos (foto), os odores emitidos por estas atividades causam insônia, dores de cabeça, enjôo e vômitos nas populações que vivem no entorno da empresa.

"Um estudo para identificar e quantificar os gases emitidos por estas atividades deverá ser concluído em breve. Com isso, poderemos quantificar a emissão de gases e investigar o impacto na população, para então impormos o controle desta emissão", ressaltou.

Segundo ela, já foi possível identificar os gases que predominam com o odor mais forte, mesmo que em pequenas quantidades. Estes estão sempre elacionados ao enxofre. No caso da estação de tratamento de esgoto, o sulfeto de hidrogênio conhecido como H²S é a substancia que mais causa odor, assim como na atividade de celulose, onde está substância também aparece.

Pesquisa já apresentou resultado positivo na estação experimental de tratamento de esgoto da Ufes. Assim, o método deverá ser aplicado em outras estações do município, com o objetivo de quantificar estes gases para prevenir os sintomas causados às pessoas que moram no entorno das estações de tratamento.

Neste sentido, outros trabalhos para prevenir danos à saúde da população capixaba estão sendo desenvolvidos por uma equipe do Centro Tecnológico da Ufes, junto com a professora Jane Meri. Ela disse ainda que uma iniciativa do Ministério da Saúde aplicada no município de Vitória, com o apoio das secretarias de Saúde e Meio Ambiente da Capital, tem como objetivo estudar os efeitos da poluição em crianças com idade abaixo de 5 anos.

Depois do estudo feito pela USP, esta foi uma das poucas iniciativas tomadas no Estado no sentido de prevenir e identificar as doenças causadas pela poluição.

O estudo, intitulado Programa Vigiar, é baseado nos poluentes constatados no Estado como os materiais particulados, óxido de enxofre e o ozônio, e ainda em dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Com estas informações, é possível correlacionar o nível de saúde das crianças com o nível de poluição presente no ar de Vitória. "Mesmo com a poluição abaixo do nível permitido, é claramente possível identificar que existe um impacto negativo na saúde", ressaltou Jane Meri, que integra a equipe.

Segundo ela, no trabalho será feito um diagnóstico desta relação, e se for verificado que a queda da qualidade da saúde está relacionado à poluição do município de Vitória, caberá ao Ministério da Saúde estabelecer metas para diminuir os níveis de poluentes no ar. E estas medidas deverão ser impostas às empresas poluidoras do Estado.

Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, que até março de 2006 deverá estabelecer a relação das doenças dos capixabas com o nível de poluição encontrado na Capital.

Este estudo deverá ainda incentivar o aprimoramento das redes de monitoramento de ar de Vitória, cujo sistema vem sendo questionado por ambientalistas. "As redes de monitoramento devem ser repensadas também. Este é um sistema caro, e comparado a outros países, no Brasil é encontrado um dos melhores sistemas de monitoramento, porém, no Estado, este deve ser avaliado ou até reposicionado, devido à proximidade de algumas ilhas de monitoramento, que acabam medindo praticamente a qualidade do ar do mesmo local", lembrou.

Jane disse ainda que a poluição pode alterar o PH e modificar a atividade de uma enzima de uma árvore, como o oiti. "Procuramos uma espécie vegetal relativamente resistente à poluição para que esta não morra com a poluição, mas que também seja sensível a ponto de registrarmos as alterações ocorridas", explicou. Comparado com o dado poluente, o oiti apresentou modificação das enzimas dentro das suas folhas devido ao ozônio. Enquanto na Europa e em muitos estados brasileiros estudos epidemiológicos estudam maneiras de prevenir os danos à saúde humana e ambiental, o Estado do Espírito Santo fecha os olhos, a boca e o nariz, e parece ser o único a não dar importância ao problema.

DICAS PRA VIVER EM MINAS (Para discontrair)

Felipe Peixoto Braga Netto (1973) afirma que não é jornalista, não é publicitário, nunca publicou crônicas ou contos - não é, enfim, literariamente falando, muita coisa, segundo suas próprias palavras.
Paulistano, mora em Belo Horizonte e ama Minas Gerais. Ele diz que nunca publicou nada, mas a crônica que abaixo foi extraída do livro 'As coisas simpáticas da vida', Landy Editora, São Paulo (SP) - 2005, pág. 82.

O SOTAQUE DAS MINEIRAS
(F.P.B. Netto)

O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar.Afinal,se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar, sensual e lindo das moças de Minas ficou de fora?

Porque, Deus, que sotaque! Mineira devia nascer com tarja preta avisando: 'ouvi-la faz mal à saúde'. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: 'só isso?'. Assino, achando que ela me faz um favor.

Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma. Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque.

Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas... Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho. Não dizem: pode parar, dizem: 'pó parar' Não dizem: onde eu estou?, dizem: 'onde queu tô.'
Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem - lingüisticamente falando - apenas de uais, trens e sôs.
Digo-lhes que não. Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade. Fala que ele é bom de serviço. Pouco importa que seja um juiz, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô. Se der no couro - metaforicamente falando, claro - ele é bom de serviço. Faz sentido...
Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: 'cê tá boa?' Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário. ...

Há outras. Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada.

Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: - Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc..) O verbo 'mexer', para os mineiros, tem os mais amplos significados. Quer dizer, por exemplo, trabalhar. Se lhe perguntarem com o que você mexe, não fique ofendido. Querem saber o seu ofício.

Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém consegue nada. Você não dá conta. Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz: '- Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não, sô.'
Esse 'aqui' é outra delícia que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase. É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer 'olá, me escutem, por favor'. É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor.
Mineiras não dizem 'apaixonado por'. Dizem, sabe-se lá por que, 'apaixonado com'. Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a toda hora: 'Ah, eu apaixonei com ele...'. Ou: 'sou doida com ele' (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro).

Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas.
Por exemplo: em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer: - 'Eu preciso de ir.'

Onde os mineiros arrumaram esse 'de', aí no meio, é uma boa pergunta..
Só não me perguntem!

Mas que ele existe, existe. Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório
No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um tanto de coisa. O supermercado não estará lotado, ele terá um tanto de gente. Se a fila do caixa não anda, é porque está agarrando lá na frente. deu? Agarrar é agarrar, ora!

Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena, suspirará :'- Ai, gente, que dó.'

É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras...

Não vem caçar confusão pro meu lado! Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro 'caça confusão'. Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele 'vive caçando confusão'.
Ah, e tem o 'Capaz...' Se você propõe algo a uma mineira, ela diz
'capaz' !!! Vocês já ouviram esse 'capaz'?
É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer 'ce acha que eu faço isso'!?
com algumas toneladas de ironia.. Se você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: 'ô dó dôcê'. Entendeu? Não? Deixa para lá.

É parecido com o 'nem..'.Já ouviu o 'nem...'?
Completo ele fica: '- Ah, nem....' O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum. Você diz: 'Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?'.

Resposta: 'nem....' Ainda não entendeu? Uai, nem é nem. Leitor, você é meio burrinho ou é impressão?

Preciso confessar algo: minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras. Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão.

Se você, em conversa, falar: 'Ah, fui lá comprar umas coisas...'.. -

Que' s coisa? - ela retrucará. O plural dá um pulo. Sai das coisas e vai para o 'que'!

Ouvi de uma menina culta um 'pelas metade', no lugar de 'pela metade'. E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará :

- Ele pôs a culpa 'ni mim'.

A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas... Ontem, uma senhora docemente me consolou: 'preocupa não, bobo!'.. E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras. nem se espantam. Talvez se espantassem se ouvissem um: 'não se preocupe', ou algo assim. Fórmula mineira é sintética. e diz tudo.

Até o tchau, em Minas, é personalizado. Ninguém diz tchau, pura e simplesmente. Aqui se diz: 'tchau pro cê', 'tchau pro cês'.

É útil deixar claro o destinatário do tchau...
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O QUE VOCÊ SABE SOBRE CHUVA DE GRANIZO?



ranizo é a forma de precipitação de partículas sólidas de gelo, transparentes ou translúcidas, que podem medir de 5mm a um tamanho de uma laranja; o recorde das maiores pedras de granizo foi alcançado em Bangladesh, onde cada pedra pesava cerca de 5kg.

A formação do granizo ocorre nas nuvens do tipo cumulonimbus, que podem chegar a alturas de até 1.600 m. No interior dessas nuvens, as freqüentes correntes de ar elevam o vapor de água condensado às maiores altitudes, passando acima da linha Isotérmica, que é de 0ºC. Desta forma, essas gotículas de água se congelam até terem o peso suficiente para cair. Dependendo de certas condições, as pedras de gelo podem ser tão pequenas que chegam a cair sobre solo já na forma líquida. Entretanto, a formação do granizo depende das condições de umidade e da velocidade e intensidade dos movimentos internos dos núcleos de gelo.

Uma chuva de granizo pode provocar muitos danos materiais, ocasionando a destruição de telhados, quedas de árvores, danos na rede elétrica e em veículos, sem contar os grandes prejuízos à agricultura. No Brasil, por exemplo, a região Meio-Oeste de Santa Catarina é freqüentemente atingida por chuvas de granizo, no entanto, muitos agricultores utilizam substâncias higroscópicas (iodeto de prata), as quais provocam a precipitação da chuva e evitam a formação do granizo.

A incursão de uma aeronave no interior dessas nuvens, as quais possuem um grande volume de partículas de gelo em formação, pode ser perigosa, pois a velocidade de vôo pode ser alterada conforme o impacto com cada pedra de gelo. Na ocasião de uma chuva de granizo, não é recomendável ficar abrigado embaixo de árvores ou coberturas frágeis.

Por Tiago Dantas

Por que está chovendo tanto no norte e nordeste e tão pouco no sul do Brasil?

Variação na temperatura nos oceanos muda a dinâmica das chuvas

Paula Sato

Excesso de chuvas causou enchentes no Maranhão.

Enchentes no Maranhão, seca no Rio Grande do Sul. Será que o clima está ficando louco? Segundo Lincoln Muniz Alves, climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o que está acontecendo no primeiro semestre de 2009 não é nenhuma anomalia. "Há uma variabilidade natural do clima, tem ano que chove mais, tem ano que é mais seco. Já observamos volume de chuvas semelhante no norte e nordeste em 1995, 2000 e 2008", diz o especialista. Ele explica que os meses entre janeiro e maio são mesmo de chuva no norte e no nordeste do país. Porém, dois fenômenos climáticos aumentaram o volume de precipitação neste ano. O primeiro é o La Niña, caracterizado por um esfriamento da superfície do mar no Oceano Pacífico equatorial e que favorece as chuvas no norte e a seca no sul. Ou seja, além de ser um dos fatores responsáveis pelas enchentes no nordeste, esse fenômeno também causou a estiagem no Rio Grande do Sul..

O Brasil está ficando cada vez mais quente. Mostre por quê

Meteorologia, uma lição para estudar...chova ou faça sol

Para piorar a situação, ainda estamos sofrendo o impacto do aquecimento das águas do Atlântico Sul e o resfriamento do Atlântico Norte. Essa diferença de temperatura faz com que o principal sistema que causa chuvas na região se desloque mais para o sul e acabe sobre o norte e nordeste do Brasil. O climatologista diz que não há uma explicação para essas mudanças na temperatura das águas, "a própria dinâmica do clima e dos oceanos faz com que um ano seja mais frio ou mais quente". Porém, apesar dessas variações serem naturais, Lincoln conta que um dado preocupa os pesquisadores: os extremos climáticos estão se tornando mais frequentes no sul do país. "Isso pode ser um indício de que o aquecimento global está atuando em algumas regiões", alerta o climatologista.

DIA 04 DE JUNHO "DIA DA IBITURUNA".

. Pico da Ibituruna, cujo significado em tupi-guarani significa Pedra Negra, foi o marco que serviu de referência para os que chegavam na região. Hoje, o Pico é referência mundial para os praticantes do vôo-livre. O Pico é localizado na serra de mesmo nome, é constituído de formações rochosas de formato pontiagudo. O maciço se formou no período pré-cambiano, devido ao resfriamento de vulcões e revolvimento de solos fracos, formados pela invasão marítima no Brasil.

Sua altitude é de 1.123 metros do nível do mar e 990 metros do nível do Rio Doce (que destaca imponente na paisagem valadarense). Tombado pela constituição do Estado de Minas Gerais desde 1989 por sua singular beleza paisagística, o Pico da Ibituruna é constituído por uma APA (Área de Preservação Ambiental) e está entre os lugares mais conhecidos no mundo para a prática do vôo-livre. O Pico possui as melhores térmicas (bolsões de ar quente que impulsionam as asas-deltas e paragliders para o alto).

A temperatura no Pico é mais baixa do que na cidade, apresentando durante o dia em torno de 25ºC e à noite 12ºC. E na cidade a temperatura é alta, chegando a 40ºC no verão. A Pedra tem a fama de influir diretamente no clima de Governador Valadares, mas, na verdade, o clima é determinado pelos ventos provenientes do nordeste e do sudeste. Outro fator que contribui para caracterizar o clima da cidade são as Serras do Espinhaço (a oeste do Estado) e a Serra da Mantiqueira (ao Sul). As duas cordilheiras freiam as frentes frias permitindo que se forme, na região, um bolsão de calor, que começa em Ipatinga e vai até Linhares, no Espírito Santo, fazendo com que o clima seja quente durante o ano todo.

No cume do Pico há um belvedere, de onde se descortina um belo panorama. A leste avista-se a cidade de Governador Valadares cortada pelo Rio Doce e em volta, a paisagem do grande Vale. No ponto mais alto do Pico, encontra-se a imagem de Nossa Senhora das Graças, que foi levada ao Pico em blocos. A idéia de se erguer um monumento dedicado a Nossa Senhora, foi de um padre paranaense que em visita à cidade sugeriu a duas senhoras da Associação das Damas de Caridade, que de imediato acolheram a sugestão. A imagem pesava 40 toneladas e colocá-la no alto da serra foi um trabalho faraônico. A Santa (como é conhecida pelos valadarenses) é um dos dez maiores monumentos em concreto do Brasil. Na época custou uma fortuna, 24 mil cruzeiros e foi transportada até o Pico dividida em quatro partes puxadas com o auxílio de uma tropa de burros. A primeira estrada de acesso ao Pico foi aberta exclusivamente para o transporte da imagem. O empreendimento foi custeado por empresas e contribuições do povo valadarense. Os trabalhos de montagem levaram três meses e sua inauguração e bênção foi no dia 27 de janeiro de 1963. No dia 04 de julho de 2000, após ser restaurada, recebeu magnífica iluminação ornamental, podendo ser vista à noite mesmo a quilômetros de distância. A imagem possui 24 metros e foi tombada pelo Patrimônio Histórico do município em julho de 2001. De braços abertos sobre a cidade, a branca imagem é símbolo da fé do povo valadarense. A Santa é rodeada por grandes torres de TVs e rádios.

O Pico é uma plataforma natural de vôo-livre, possuindo duas rampas naturais e duas em madeira para a decolagem. Homologada pelo Serviço Regional da Aeronáutica Civil (Serac-3), teve o processo iniciado em dezembro de 1999 e oficializado em janeiro de 2000, atendendo todas as exigência da SERAC e outras mais estabelecidas pelo Clube Valadarense de Vôo-Livre. O ar quente formado em volta da Ibituruna propicia a prática do vôo livre na região. Ascendente, este tipo de ar possibilita aos voadores subirem 1.500 metros acima do Pico e se manterem até Caratinga (a 115 Km) e Realeza. O espaço aéreo do Vale do Rio Doce, próximo ao Pico, é cedido pelo DAC (Departamento de Aviação Civil) para a prática do vôo, sendo proibido para aviões e helicópteros sobrevoarem neste local.

Os organizadores de campeonatos de vôo-livre e mídia impressa (jornais locais e revistas especializadas) divulgam a imagem de Governador Valadares como um dos melhores pontos mundiais para a prática do vôo-livre. O poder público utiliza desta divulgação para a reafirmação da imagem da cidade veiculada ao atrativo em questão. Os pilotos se referem à cidade como a "Disneylândia dos Adultos" ou, "Governador Valadares é um cartão postal do vôo-livre", ou ainda "Governador Valadares é a meca do esporte vôo-livre comentado inclusive em revistas no exterior". Sidnei Pereira se refere a Governador Valadares na revista Sky News ... "assim como todo surfista sonha dropar as imensas ondas do Havaí – os homens-pássaros almejam as correntes de ar que habitam a cidade mineira, considerada uma das melhores regiões do planeta para prática deste esporte".

A cidade recebe turistas de toda a parte do mundo para prática do vôo-livre, sendo ainda sede para o treinamento deste esporte. Gerando, portanto um fluxo turístico no período de janeiro a março intensificado pelas etapas dos campeonatos que são realizados neste período. E nos demais meses a cidade recebe pilotos para prática do vôo com objetivo de treinamento e quebra de recordes.

Durante a temporada de vôo o valadarense se depara com pessoas de costumes diferentes e vestimenta diferenciada do cotidiano. São homens e mulheres que carregam seus instrumentos de vôo nas costas numa grande mochila e andam nas ruas da cidade, alterando o ritmo de vida das pessoas que vivem aqui e que se esforçam para atender a estes "seres estranhos". São engraxates ensaiando o inglês para servir bem e ganhar seu trocado, meninos de rua que ajudam a armar o parapente e também auxiliam no resgate dos pilotos.

A imagem da Ibituruna foi utilizada pela Prefeitura Municipal na sua logomarca e está sendo utilizada nos caminhões de lixo que circulam diariamente. No setor empresarial, tem pelo menos uma empresa em cada ramo que sua razão social ou logomarca é a Ibituruna. Percebemos, portanto, a representatividade deste atrativo para a comunidade valadarense, que é o símbolo da cidade. Em 04 de dezembro de 2001, foi criada e votada na Câmara Municipal a lei nº 4.924, instituindo o "Dia da Ibituruna" em âmbito municipal a ser comemorado anualmente no dia 04 de junho.

Foi feita uma homenagem ao Pico da Ibituruna em frente ao Palácio da Cultura. Um monumento que também homenageia os campeonatos de vôo-livre e se tornou um ícone para a cidade. O primeiro vôo de asa-delta em Governador Valadares aconteceu em 1977 e foi realizado pelo mineiro Emerson André Miranda Monteiro, que subiu a Serra e sentiu a magnitude do lugar. Voou e divulgou aos seus amigos pilotos que, aos poucos, começaram a visitar a cidade. Em 1983, a Ibituruna, com suas condições naturais, passou a ser um ponto turístico por si só, atraindo pilotos de várias regiões e até de outros países. No mesmo ano de 83 foi fundado o Clube Valadarense de Vôo-Livre, denominado pela sigla CVVL. Porém, o mesmo ficou inativo durante muitos anos. Em 1991, Governador Valadares foi sede do 1º Campeonato de Vôo-Livre. Os Correios fizeram uma homenagem à Valadares criando um selo com alusão ao campeonato. A CVVL foi reativada em 1993, com apoio da FUNSEC (Fundação de Serviço, Educação e Cultura). Desde então foram realizados vários campeonatos brasileiros de vôo-livre e parapente, além dos mundiais, que ocorreram em 1994 e 1995. Governador Valadares hoje é sede de vários campeonatos, tais como: Pan Americano de Paraglider, Pré-Mundial de Asa-Delta, PWC Paraglider, Speed Gliding e Campeonato Brasileiro.

Além do vôo-livre, a cidade também é sede dos chamados esportes de emoção, ou esportes radicais, como a canoagem, bicicross, montain bike, motocross, rappel, escalada e trekking.

ÁGUA: SE NÃO RACIONALIZAR, VAI FALTAR.

Neste 5 de junho, dia do Meio Ambiente, é importante lembrarmos alguns dados que refletem a difícil situação mundial em relação ao uso dos 2,5% de água doce disponíveis no planeta. Segundo relatório da Unesco, órgão da ONU para a educação e responsável pelo Programa Mundial de Avaliação Hídrica, mais de um sexto da população mundial, ou o equivalente a 1,1 bilhão de pessoas, não tem acesso ao fornecimento de água doce.

Dos exíguos 2,5% de água doce existentes no mundo, porém, apenas 0,4% estão disponíveis em rios, lagos e aqüíferos subterrâneos – a Terra possui cerca de 1,39 bilhões de km 3 de água, distribuídos em mares, lagos, rios aqüíferos, gelo, neve e vapor. A situação tende a piorar, com o desmatamento, a poluição ambiental e as alterações climáticas dela decorrente: estima-se que será reduzido em um terço o total de água doce disponível no mundo. Enquanto isso, ações que poderiam reduzir o desperdício desse líquido cada vez mais raro e, portanto, precioso, demoram a ser tomadas pelas diferentes esferas governamentais.

Sabe-se que o maior consumo de água doce é na agricultura, responsável por 69% do uso, e que as grandes metrópoles têm edificações com sistemas hidrossanitários (bacias e válvulas sanitárias, torneiras, chuveiros, entre outros) gastadores.

Ações globais e estruturais, como a irrigação por gotejamento, em vez da usual por aspersão, e o incentivo à implantação de programas de uso racional da água economizariam milhões de metros cúbicos, evitando assim a necessidade de novos reservatórios de água, caros e que prejudicam o meio ambiente, ao derrubar matas ciliares com o alagamento.

As medidas de incentivo à troca de equipamentos gastadores por outros, economizadores – como bacias e válvulas que consomem 6 litros por acionamento, em vez dos 12 ou até mais de 20 litros por acionamento consumidos pelos equipamentos defasados, a instalação de arejadores e restritores de vazão em torneiras e chuveiros, entre outros, são instrumentos bem-sucedidos de diminuição do consumo.

Os equipamentos economizadores estão disponíveis – e obrigatórios, por norma da ABNT - em nosso país desde 2003. Programas racionalizadores já foram adotados em Nova York e Austin, nos EUA, e Cidade do México. Nova York instalou, entre 1994 e 1996, mais de um milhão de bacias sanitárias economizadoras, com incentivo aos moradores e empresários para as trocas, e passou a poupar 216 milhões de litros de água por dia.

Enquanto isso, no Brasil temos campanhas esporádicas para diminuir o consumo de água, rapidamente abandonadas assim que acaba a eventual seca e os reservatórios estão cheios. Isto foi o que aconteceu em São Paulo , em 2004, quando os cidadão foram premiados com desconto de 20% em suas contas de água se atingissem as metas de redução. Alguns prédios públicos também trocaram suas instalações hidrossanitárias gastadoras por outras, economizadoras. Há, porém, a necessidade de implementarmos programas duradouros e permanentes de incentivo à redução do consumo de água.

A concessionária Sabesp, que atende a maior parte dos municípios paulistas, por exemplo, desenvolve atualmente um projeto que custará cerca de R$ 100 milhões para trocar dutos antigos, cuja deterioração provoca vazamentos e perdas de água estimados em 34% do total produzido. Embora louvável, a preocupação da concessionária paulista em diminuir suas perdas e, portanto, aumentar o lucro de seus acionistas, deveria se traduzir também em ações que beneficiassem o consumidor final e o contribuinte diretamente, como os programas de uso racional da água e o incentivo à troca de equipamentos obsoletos por outros, economizadores.

O governo federal, por sua vez, poderia desenvolver programas de educação e incentivo aos agricultores que adotassem o método de gotejamento na irrigação, poupando outros essenciais milhões de metros cúbicos de água. Assim, projetos como o da transposição das águas do rio São Francisco, com investimento estimado em cerca de R$ 4,5 bilhões pelo governo federal, poderiam ser melhor aproveitados. A implementação desses programas, de racionalização do uso da água e da irrigação por gotejamento, resultaria em benefícios econômicos, sociais e ambientais para a sociedade como um todo.

Autor: Carlos Lemos da Costa

Agricultores são pagos para preservar a Mata Atlântica

O Dia Nacional da Conservação do Solo é comemorado na quarta-feira 15 de abril. Uma das iniciativas bem sucedidas no Brasil é o pagamento de agricultores que preservam a mata atlântica, em Minas Gerais.

O aposentado Octávio de Almeida mostra com orgulho a mata que ocupa quase metade dos seis hectares de terra que herdou da família, em Matias Barbosa. Ele foi o pioneiro do projeto que paga os produtores que preservam a vegetação nativa.

No ano passado, Almeida recebeu R$ 450. O dinheiro ajuda a cuidar do sítio, que não tem renda própria. Esse é o lugar que o aposentado escolheu para descansar.

Já na propriedade vizinha, a renda foi bem maior. O produtor Hélio Domingos, que tira 220 litros de leite por dia, recebeu R$ 4.760, em 2008. Ele preserva 32 dos 105 hectares da fazenda, um número maior do que os 20% da reserva legal. “Por causa da nascente de água que refresca o terreno. É bom para tudo, para a própria natureza”, disse.

Os produtores também ganham arame e mourão, para fazer cerca em volta da mata, e isca para formigas, formicida e mudas. O projeto é uma parceira do governo de Minas Gerais e um banco alemão.

Na Zona da Mata mineira, o gerenciamento é feito por uma organização não-governamental que distribui os recursos aos produtores. “São selecionadas áreas que tenham potencial de recurso natural, como nascentes, minas e córregos. Elas são selecionadas mediante a importância que a área tem para o abastecimento de água, por exemplo”, explicou Theodoro Guerra, presidente da Associação do Meio Ambiente de Juiz de Fora

Nove produtores recebem de R$ 140 a R$ 400 por hectare ao ano para preservar, recompor a mata ou plantar espécies nativas. Mais sete proprietários de terra serão beneficiados este ano para que a região se torne um corredor ecológico. “A gente viu na prática que o incentivo sensibiliza muito mais o produtor do que a multa e o castigo. A gente sente que hoje eles sentem a mata mais deles e mais valorizada”, disse a agrônoma Ana Paula Mares Guia. Estima-se que 93% da Mata Atlântica já foi devastada em todo o país. (Fonte: G1).

LIONS CLUBE DE GOV. VALADARES IBITURUNA participa de atividade em defesa da MATA ATLÂNTICA.

Veja a matéria completa na página do clube, clicando sobre o endereço abaixo:

http://lionsibituruna.blogspot.com/

Como recuperar a Mata Atlântica

A Mata Atlântica é uma formação vegetal tropical brasileira que possui uma das maiores biodiversidades do planeta. Infelizmente esse repositório diversificado de espécies também assume grandes números em outro aspecto, o desmatamento. A partir do século XX, a Mata Atlântica perdeu grande parte de sua cobertura em função do desmatamento, aproximadamente 93% de sua área está destruída, resultando na perda da maior diversidade de árvores (476 espécies), além das demais espécies da flora e da fauna.

A exploração e a extração de espécies iniciaram-se a partir da descoberta do Brasil e não parou mais. Hoje é possível perceber a imensidão do território destruído pela mínima extensão de mata nativa, quase 10%. Apesar dos diversos projetos que buscam proteger a Mata Atlântica, é necessário cerca de 10 a 30 séculos para que essa seja recuperada, mas como recuperar? Inicialmente deve-se proteger a região para que o reflorestamento seja feito. O reflorestamento deve ser bem projetado, inserindo primeiramente espécies resistentes à luz, já que estarão mais expostas, e posteriormente inseridas espécies que se adaptam bem à sombra. A qualidade das águas que compõe rios e lagos da Mata Atlântica assume grande importância nessa recuperação, pois por meio delas é que as plantas e animais lá existentes encontrarão água potável, além dos municípios que se localizam próximos ao local.

É importante ressaltar que a natureza passa por transformações rápidas e prejudiciais aos seres vivos e a preservação da mesma impede/retarda esse processo. A conscientização para tal situação deve estar presente em cada indivíduo que valoriza sua vida, a vida dos seus familiares e a do próximo em geral.

Por Gabriela Cabral

Equipe Brasil Escola.


Aceiro.

Terreno desbastado de vegetação, que se abre em torno ou através das matas, propriedades rurais etc. para evitar a propagação de incêndios; A TALHADA

As Queimadas e o Meio Ambiente

Dr. Williams Pinto Marques Ferreira

Pesquisador Meteorologista da Embrapa Milho e Sorgo.

O Incêndio pode ocorrer de forma natural, acidental ou criminosa, sendo neste último caso, provocado pelo homem. Já o termo “queimada” caracteriza-se pela ação da queima de maneira controlada e de origem antrópica.

Como prevenir o fogo nas áreas de uma reserva florestal?

Ficar atento para as condições climáticas que se apresentam ao longo do tempo. Direção, velocidade e freqüência de ocorrência de ventanias e número de dias com ausência de chuvas. Quanto mais tempo de ausência de chuvas, maior o risco de incêndio. Construa aceiros e os mantenha completamente limpos, faça aceiros dividindo áreas grandes em pequenas áreas, mas não deixe o resto da capina próximo ao aceiro.

Cercar a área e evitar o acesso de pessoas a rios para pesca etc. Pode ocorrer um foco de fogo acidental provocado por humanos.

Pode haver sinalização de risco de incêndio em pontos bem visíveis e estratégicos, por meio de cartazes ou placas. Nos períodos de maior risco pode haver vigilância a partir de torres de observação e apoio da própria população local, daí a necessidade de conscientização sobre o risco de incêndios, lembrando sempre que as queimadas provocadas pelo homem quando não são bem controladas sempre promovem danos e destruições quase sempre irreparáveis.

O que o agricultor deve fazer para apagar o fogo?

Utilizar todos os recursos disponíveis tanto de material humano como mecânico, abrir aceiros de emergência de acordo com a propagação do fogo, sempre de modo a cercá-lo em uma certa área, para isso é necessário o conhecimento prévio da topografia e da vegetação local, assim como também a localização de riachos, açudes etc.

Utilizar-se de enxada; abafadores, foices; bomba costal, baldes com água, tratores entre outras coisas.

Como utilizar o recurso das queimadas com segurança, no caso da agricultura em plantações de cana ou algodão?

Para se queimar com racionalidade, é preciso seguir algumas normas (10 mandamentos).

1 - Obter autorização do Ibama para queima controlada. Documentos necessários: a) Comprovante de propriedade ou de justa posse do imóvel onde se realizará a queima; b) Cópia da autorização de desmatamento quando legalmente exigida; c) Comunicação de queima controlada.

2 - Reunir e mobilizar os vizinhos, para fazer queimada controlada e em mutirão, de maneira que um possa ajudar o outro. Assim, o calor será menor e o solo será menos impactado com a temperatura.

3 - Evitar queimar grandes áreas de uma só vez, pois as distâncias dificultam o controle do fogo.

4 - Fazer aceiros, observando as características do terreno e altura da vegetação. Em terreno inclinado, o fogo se alastra mais rapidamente, devendo-se construir valas na parte mais baixa, para evitar que o material em brasa saia da área queimada. A largura dos aceiros deve ser 2,5 vezes a altura da vegetação em regiões de pastagens, e, ou Cerrado, ou no mínimo, 3 metros, para o caso de queima controlada.


5 - Limpar completamente o aceiro, sem deixar restos de folhas ou paus, de qualquer natureza, no meio da faixa.

6 - Prestar atenção à força e direção do vento, à umidade e às chuvas. Só queimar quando o vento estiver fraco. Nunca comece um fogo na direção contrária dos ventos. Inicie no sentido dos ventos. Se a queima for realizada após as primeiras chuvas, é possível evitar o risco de o fogo escapar e evitar os danos causados pelo acúmulo de fumaça no ar.

7 - Queimar em hora fria. De manhã cedo, no final da tarde, ou à noitinha é mais seguro, pois a temperatura é mais baixa e a vegetação está mais úmida.

8 - Nunca deixe árvores altas, sem serem cortadas, no meio da área a ser queimada. Elas demorarão a queimar, permitindo que o vento jogue fagulhas à distância, provocando incêndios em áreas vizinhas, sobretudo, se forem pastagens.


9 - Permaneça na área da queimada, após o fogo, pelo menos, por duas horas, a fim de verificar se não haverá pequenos focos de incêndio, na vizinhança, provocados pelos ventos.

10 – Tenha sempre disponível, para ser utilizado, no caso da necessidade do controle do fogo, o seguinte material: a) enxada; b) abafador; c) foice; d) bomba costal; e) baldes com água.

Os agricultores devem ter um treinamento especial para combater incêndios?

Certamente deveria cada vez mais haver treinamento para comunidades instaladas próximo a reservas, agricultores e funcionários de órgão vinculados ao meio ambiente. Os agricultores assim como as pequenas comunidades deveriam manter um grupo com equipamentos básicos para combate e incêndios.

Todo combate inicial de incêndios quando realizado de maneira correta e em tempo hábil, apresenta um percentual grande de ser controlado.

Qual é a situação das queimadas no mundo

A partir de Maio, normalmente as queimadas iniciam na África, logo abaixo da linha do equador e no norte na Austrália. Em junho e julho intensificam-se principalmente na mesma região da África. A partir de Agosto tanto o Brasil quanto a África, bem como se estendendo por todo o sul, Madagascar e a Oceania costumam praticar as queimadas. A partir de novembro as queimadas passam a ocorrer bem ao norte do Brasil e no cinturão acima da linha do equador no continente africano seguindo-se assim até janeiro. Em Fevereiro parte da América Central e do Sul da Ásia (Vietnam, Bankoc etc.) também costumam queimar até o mês de Março, quando alcançam o seu máximo, nos demais continentes nesse mês, ocorre os menores focos de queimadas.

EUA declaram gases-estufa como maléficos à saúde humana.

Agência de proteção ambiental americana apresentou conclusões.


Ação permitirá a criação de legislação específica para regular emissões.

Do G1, em São Paulo

A agência de proteção ambiental dos Estados Unidos (EPA) declarou oficialmente guerra aos gases causadores do efeito-estufa. Em declaração formal, a entidade listou o dióxido de carbono e outros cinco gases-estufa como poluentes que ameaçam a saúde e o bem-estar públicos. A informação é do jornal americano "The New York Times".

É importante lembrar que esses gases não são tóxicos e, de forma direta, não fazem mal algum (dióxido de carbono, inclusive, é o gás presente em refrigerantes e outras bebidas gaseificadas). A ação maléfica identificada pela agência é indireta -- como causadores do aquecimento global, eles trazem sérios riscos à saúde dos seres humanos.

A iniciativa abre brechas para que os Estados Unidos estabeleçam pela primeira vez legislação para regular os gases culpados do aquecimento global.

Icebergs se desfazendo perto do cabo York, na Groenlândia (Foto: Reprodução)

Segundo a EPA, os resultados científicos que apoiam sua decisão são "convincentes e arrasadores". A decisão inicia um período de discussão de 60 dias antes que seja proposta qualquer regulação para a emissão de gases do efeito estufa.

A iniciativa é parte da decisão do presidente Barack Obama de guiar o país na direção de uma economia com baixa emissão de carbono, com forte apoio do Congresso para energia limpa e legislação sobre mudança climática.

Segundo a administradora da EPA, Lisa P. Jackson, a ação também gera oportunidades: combater as emissões de carbono na atmosfera ajudariam a criar milhões de empregos e reduzir a dependência americana de petróleo importado.

A ação iniciou uma corrida no Congresso, que tem a preferência de Obama para legislar sobre o assunto antes que a EPA tome as rédeas do processo.

A investigação da EPA foi iniciada dois anos atrás, quando a Suprema Corte comandou a agência a determinar quais os riscos públicos dos gases-estufa, se houvesse algum. As constatações da entidade foram, de início, vetadas pelo governo George W. Bush.

Com a eleição de Barack Obama, as conclusões da EPA finalmente vieram a público -- mas não antes de serem revisadas por duas semanas pelo Escritório de Gerenciamento e Orçamento do governo americano.

Gás do efeito estufa bombeado para o subsolo pode ir parar na água

Em reservatórios naturais, dióxido de carbono fica dissolvido no líquido.

Temor dos pesquisadores é que substância volte para a atmosfera.

Reinaldo José Lopes

Do G1

Parecia um plano simples e eficaz contra o aquecimento global. Em fábricas, usinas e outros locais onde há muita produção de gás carbônico, principal causador do problema, seria ótimo capturar a substância na fonte e bombeá-la para o subsolo, onde ficaria presa debaixo das rochas. Uma equipe internacional de pesquisadores, porém, está revelando a complexidade oculta nessa equação. Na verdade, pelo menos 80% do gás tende a se dissolver na água subterrânea. Em tese, portanto, poderia voltar à superfície, o que atrapalharia os esforços de captura debaixo da terra.

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Os dados estão na edição desta semana da revista científica britânica "Nature", uma das maiores do mundo. A equipe liderada por Stuart Gilfillan, da Universidade de Manchester e do Centro Escocês de Estocagem de Carbono, estudou regiões do planeta nas quais o gás carbônico (ou dióxido de carbono, como também é conhecido) fica naturalmente guardado sob camadas de rocha.

O motivo disso é simples: como as iniciativas de estocagem de carbono para combater o aquecimento global são poucas e muito recentes, ninguém ainda teve tempo de medir o que acontece com o gás conforme os anos passam. A dúvida envolve justamente o destino da substância. O ideal é que ela se combine com os minerais, formando rochas conhecidas como carbonatos. Dessa maneira, a chance de um retorno do gás-estufa à atmosfera seria quase inexistente.

"Nós já realizamos testes do processo em escala de laboratório e sempre buscamos o sequestro na fase sólida, porque realmente seria o ideal", explica a engenheira química Regina de Fátima Muniz Moreira, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que comentou o estudo a pedido do G1. "Na forma mineralizada, insolúvel, o potencial de sequestro de gás carbônico seria muito maior", diz ela

Os depósitos naturais de dióxido de carbono permitem estimar o que acontece com o gás em grandes escalas de tempo, durante milhares ou até milhões de anos. Dois processos geoquímicos são a chave para entender isso. O primeiro é a proporção de hélio, um dos gases nobres (assim chamados por causa de sua resistência a se misturar com outras substâncias). Nas camadas geológicas em questão, é comum que o hélio e o gás carbônico derivem da atividade do magma, a camada derretida abaixo da crosta terrestre. E a proporção "normal" dos gases é conhecida. Se houver proporcionalmente mais hélio do que dióxido de carbono do que esse valor normal, é indício de que o gás carbônico está sendo sugado para algum lugar.

E que lugar seria esse? Entra em cena a segunda técnica, que envolve dois tipos diferentes do elemento carbono, o carbono-12 (considerado "normal") e o carbono-13, mais "pesado". Quando o gás carbônico vai para as rochas e forma o famigerado carbonato, há uma preferência, na reação química, pelo carbono-13, que some do depósito gasoso mais rápido. Quanto o dióxido de carbono se dissolve na água, essa tendência é menos acentuada. Fazendo as contas, os pesquisadores perceberam que no máximo 18% do gás acaba ajudando a formar carbonatos -- o resto vai mesmo parar n'água. O resultado é uma espécie de "água com gás". Fica a pergunta: será que essa água pode borbulhar e perder o gás de novo para o ar aqui em cima? Perigo?

Para os autores do estudo, há razão para ficar cautelosamente otimista com o resultado. Segundo Stuart Gilfillan, o fato de os depósitos naturais serem antigos mostra que é difícil que o gás consiga escapar para a superfície com facilidade. "Nosso estudo mostra claramente que o dióxido de carbono está armazenado de forma natural e segura na água subterrânea", disse ele em comunicado oficial.

Regina Moreira, da UFSC, concorda. "Esse trabalho é bem interessante por mostrar quanto tempo o gás carbônico pode ficar nos depósitos. Risco de vazamaneto sempre há, por aumento de temperatura ou outros processos, embora o risco realmente seja menor no caso dos depósitos mineralizados", diz ela. A pesquisadora chama a atenção para outro detalhe importante: diante dos dados atuais, o sequestro de carbono fica limitado por quanto gás a água subterrânea consegue absorver. "Isso mostra que não adianta bombear gás carbônico além de determinada quantidade, porque ele não será absorvido", avalia ela.

Já Werner Aeschbach-Hertig, pesquisador da Universidade de Heidelberg (Alemanha) que comentou o estudo para a "Nature", diz que a pesquisa não prova que o sequestro de carbono no subsolo é inseguro, mas indica que é preciso entender o processo em mais detalhe para saber se vale mesmo a pena enfiar o gás nas profundezas.


O Meio Ambiente e a Sustentabilidade

Raquel Nunes

Nunca antes se debateu tanto sobre o meio ambiente e sustentabilidade. As graves alterações climáticas, as crises no fornecimento de água devido a falta de chuva e da destruição dos mananciais e a constatação clara e cristalina de que, se não fizermos nada para mudar, o planeta será alterado de tal forma que a vida como a conhecemos deixará de existir.

Cientistas, pesquisadores amadores e membros de organizações não governamentais se unem, ao redor do planeta, para discutir e levantar sugestões que possam trazer a solução definitiva ou, pelo menos, encontrar um ponto de equilíbrio que desacelere a destruição que experimentamos nos dias atuais. A conclusão, praticamente unânime, é de que políticas que visem a conservação do meio ambiente e a sustentabilidade de projetos econômicos de qualquer natureza deve sempre ser a idéia principal e a meta a ser alcançada para qualquer governante.

Em paralelo as ações governamentais, todos os cidadãos devem ser constantemente instruídos e chamados à razão para os perigos ocultos nas intervenções mais inocentes que realizam no meio ambiente a sua volta; e para a adoção de práticas que garantam a sustentabilidade de todos os seus atos e ações. Destinar corretamente os resíduos domésticos; a proteção dos mananciais que se encontrem em áreas urbanas e a prática de medidas simples que estabeleçam a cultura da sustentabilidade em cada família.

Assim, reduzindo-se os desperdícios, os despejos de esgoto doméstico nos rios e as demais práticas ambientais irresponsáveis; os danos causados ao meio ambiente serão drasticamente minimizados e a sustentabilidade dos assentamentos humanos e atividades econômicas de qualquer natureza estará assegurada.

Estimular o plantio de árvores, a reciclagem de lixo, a coleta seletiva, o aproveitamento de partes normalmente descartadas dos alimentos como cascas, folhas e talos; assim como o desenvolvimento de cursos, palestras e estudos que informem e orientem todos os cidadãos para a importância da participação e do engajamento nesses projetos e nessas soluções simples para fomentar a sustentabilidade e a conservação do meio ambiente.

Uma medida bem interessante é ensinar cada família a calcular sua influência negativa sobre o meio ambiente (suas emissões) e orientá-las a proceder de forma a neutralizá-las; garantindo a sustentabilidade da família e contribuindo enormemente para a conservação do meio ambiente em que vivem. Mas, como se faz par calcular essas emissões? Na verdade é uma conta bem simples; basta calcular a energia elétrica consumida pela família; o número de carros e outros veículos que ela utilize e a forma como o faz e os resíduos que ela produza. A partir daí; cada família poderá dar a sua contribuição para promover práticas e procedimentos que garantam a devolução à natureza de tudo o que usaram e, com essa ação, gerar novas oportunidades de redá e de bem estar social para sua própria comunidade.

O mais importante de tudo é educar e fazer com que o cidadão comum entenda que tudo o que ele faz ou fará; gerará um impacto no meio ambiente que o cerca. E que só com práticas e ações que visem a sustentabilidade dessas práticas; estará garantindo uma vida melhor e mais satisfatória, para ela mesma, e para as gerações futuras.


O MEIO AMBIENTE EM PERIGO

Hoje, quando assistimos a TV, o que mais escutamos é de como devemos cuidar do nosso corpo, como devemos nos alimentar, vestir e esquecemos do principal, o meio em que vivemos. Quantas vezes nessa semana você jogou aquele papel de bala pela janela do carro? Você ja parou para pensar nisso? que somente este fato você já está ajudando a destruir o lugar onde você vive.Alguns médicos afirmam que hoje a média de vida dos brasileiros aumento, mas me digam, para que viver mais em um planeta que está a beira do caos?

Não entendo como o Ser Humano é chamado de "animal racional" se é somente ele o responsável pela maioria das catástrofes que nos assolam, veja se os chamados "animais irracionais" poluem o meio em que vivem, constroem bombas atômicas para destruir seus semelhantes, fazem guerras, despejam toneladas de CO2 na camada de ozônio.

Acredito que devemos rever nossos conceitos, e aprender a cuidar melhor da nossa "moradia", porquê do jeito que está, seremos os próximos a sentir de perto a extinção de uma raça. A natureza além de bela é exata, um dia irá pegar de volta o que lhe roubaram.

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O que é Sustentabilidade?

Raquel Nunes

Segundo a Wikipédia: Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade.

Mas afinal de contas; O que é sustentabilidade? E o que quer dizer isso

Sustentabilidade nos dicionários estará definida como a capacidade de ser sustentável. Mesmo parecendo uma redundância; esse conceito quando aplicado em relação à atuação humana frente ao meio ambiente em que vive é plenamente compreendido e se assenta como uma luva. Nesse contexto, entendemos que sustentabilidade é a capacidade de um indivíduo, grupo de indivíduos ou empresas e aglomerados produtivos em geral; têm de manterem-se inseridos num determinado ambiente sem, contudo, impactar violentamente esse maio. Assim, pode-se entender como a capacidade de usar os recursos naturais e, de alguma forma, devolvê-los ao planeta através de práticas ou técnicas desenvolvidas para este fim.

Desta forma, pode-se dizer que um empreendimento sustentável, ele devolve ao meio ambiente todo ou parte dos recursos que processou e garante uma boa qualidade de vida as populações que nele atuam ou que vivam nas imediações ou na área afetada pelo projeto. Garantindo assim, uma longa vitalidade e um baixo impacto naquela região durante gerações. Muito além das definições, o ideal de sustentabilidade total, onde toda a influência provocada, por um agrupamento humano ou em empreendimentos; é anulado através dos procedimentos adotados ainda é muito difícil. Mesmo assim, é importante ter em mente que adotar as práticas que transformem nossa presença em determinado lugar o mais sustentável possível é a única saída para determos a degradação ambiental que estamos experimentando nos últimos anos e as graves alterações climáticas que vemos causar grandes desastres em diversas partes do planeta.

É necessário entender o que é sustentabilidade é muito mais conhecer seu significado bonito e orientado para empresas e organizações ligadas ao meio ambiente. É muito importante entender e saber que a adoção de práticas sustentáveis na vida de cada indivíduo é um fator decisivo para possibilitar a sobrevivência da raça humana e a continuidade da disponibilidade dos recursos naturais.

Ao atuarmos de forma irresponsável e queimarmos indiscriminadamente nossos recursos naturais, sem dar tempo ao planeta para se recuperar, estamos provocando a escassez de recursos necessários a nossa sobrevivência e dificultando a vida de milhões de pessoas. Um exemplo clássico disso é a falta de água potável que muitas comunidades vem enfrentando em alguns países e que, se uma forma mais grave de escassez se manifestar, acabará causando guerras pela posse e conquista das fontes de água potável remanescentes.

Se todos entendessem a importância da adoção de práticas de sustentabilidade desde muito cedo; todas essas alterações climáticas poderiam ser evitadas ou retardadas ao máximo e os recursos naturais estariam disponíveis e fartos por muito mais tempo. O que daria tempo para a humanidade buscar formas mais eficientes para resolver esses problemas em longo prazo.

Ações aparentemente simples e de pouco impacto, quando tomadas por um grande número de pessoas, tornará a sustentabilidade uma realidade palpável e real em qualquer parte onde haja a presença humana e garantirá a sobrevivência de nossa espécie por muito mais tempo.



A MATA ATLÂNTICA

A Mata Atlântica é reconhecida internacionalmente como uma das prioridades em termos de conservação de florestas tropicais. Ocupando principalmente as planícies e vertentes voltadas para o mar, estendia-se originalmente do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul englobando 17 estados brasileiros, abrangendo uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados.

Atualmente com cerca de 5% de sua extensão original, aproximadamente 52.000 Km2, encontra-se extremamente fragmentada e reduzida à manchas disjuntas, concentradas nas regiões Sudeste e Sul, principalmente em locais de topografia acidentada e nas unidades de conservação.

Seu clima é equatorial ao norte e quente temperado sempre úmida ao sul com temperaturas médias altas e elevada pluviosidade.

Seu solo é frequentemente de composição argilosa, de natureza granítica ou gnáissica pobre em nutrientes minerais, contudo, a exuberância desta floresta em solo originalmente tão pobre pode ser explicada pela presença de serrapilheira, importante fator na disponibilidade de nutrientes em ecossistemas florestais.

O bioma mais rico em biodiversidade do planeta, a Mata Atlântica é classificada como um conjunto de fisionomias e formações florestais, denominadas Mata Ombrófila Densa, Mata Ombrófila Mista, Floresta Estacional Semidecidual e Estacional Decidual e ecossistemas associados como manguezais, restingas, brejos interioranos, campos de altitude e ilhas costeiras e oceânicas; classificadas de acordo com a composição florística da área, isto é, que espécies vegetais compõe a floresta. A composição florística por sua vez, é determinada pelas condições físico-químicas do ambiente, como luz, temperatura, umidade do solo, topografia entre outras.

O bioma Atlântico apresenta uma extraordinária diversidade florística. Estima-se a presença de mais de 20 mil espécies da flora, muitas ainda desconhecidas pela ciência. A característica marcante desta mata é o grande número de lianas, epífitas, fetos arborescentes e palmeiras. Na fauna da Mata Atlântica existem cerca de 260 espécies de mamíferos, 620 de aves, 200 de répteis, 280 de anfíbios e 350 de peixes. Um grande número destes animais figura na lista de espécies ameaçadas de extinção devida á destruição de seu habitat. As principais causas de perda deste bioma são o desmatamento, a proliferação das pastagens, o plantio de eucaliptos e a implantação de monoculturas comerciais como a soja e a cana e os assentamentos irregulares...


CONSUMO DE SACOS PLÁSTICOS

“O Brasil ignora os danos ambientais causados pelas sacolas plásticas e consome quantidades impressionantes anualmente.”

Por Marco Pozzana - Biólogo

Quando recuso as sacolas que me são oferecidas em supermercados para transportar minhas compras, percebo que algumas pessoas me olham com estranheza.

Isto porque a cultura do saco plástico está profundamente enraizada na sociedade brasileira. Mesmo sabendo que estes indesejáveis sacos de supermercado, drogarias e praticamente todo o comécio varejista causam enorme impacto no meio ambiente, o brasileiro segue consumindo números inaceitáveis deste utensílio.

A mania vem crescendo desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O fato é que o despejo indiscriminado de plásticos na natureza fez do consumidor um colaborador de uma terrível tragédia ambiental.

A grande maioria das sacolas plásticas disponíveis em supermercados brasileiros são feitas de resina sintética originadas do petróleo, não são biodegradáveis e podem levar centenas de anos para se decompor. Nos mares, além de enfeiar a paisagem, podem matar animais como tartarugas, que são vítimas frequentes pois confundem o material com as medusas, sua presa natural.

"As chuvas e esgotos levam as sacolas que não foram corretamente descartadas para o mar, provocando grande impacto no ambiente."

Um material assim, tão difícil de eliminar, é problema certo para o meio ambiente, uma vez que os custos para se reciclar essas sacolas superam os custos da produção. Se queimados, liberam dioxina, um supertóxico que provoca câncer e outras enfermidades.

Na Europa, de maneira geral, as pessoas tomam atitudes bem mais corretas. Na Itália, Alemanha, França e outros países, a plasticomania deu lugar à sacolamania. Quem não leva sua própria sacola para carregar as compras é obrigado a comprar na loja. O preço é salgado.

O LIXO URBANO.

Logo depois dos problemas de água potável e do destino dos dejetos, o lixo urbano é uma das maiores preocupações de ordem sanitária e ambiental do Prefeito de qualquer cidade brasileira. Na zona rural ainda é pior, pois nem coleta domiciliar acontece, e o desconhecimento dos problemas sanitários e ambientais daí resultantes, é bem maior, pelo descaso das autoridades locais.

Foi citado na Agenda 21 Global, em junho de 1992, sediada no Rio de Janeiro, em documento assinado por 170 países, que não menos de 5,2 milhões de pessoas, entre elas 4 milhões de crianças menores de 5 anos, morrem a cada ano devido a enfermidades relacionadas com o lixo. Os resultados para a saúde são especialmente graves no caso da população mais pobre.

Dados da Associação Brasileira de Limpeza Pública indicam que 76% dos detritos produzidos no país são jogados em lixões (como o da imagem ao lado) e outros 13% nos chamados "aterros controlados", que são locais onde o lixo é somente confinado, sem técnicas básicas de Engenharia para proteger o Meio Ambiente. Apenas 10% do total coletado são colocados em aterros sanitários. Isso significa que cerca de 90% do lixo produzido no Brasil são depositados a céu aberto, sem qualquer cuidado ambiental.

A falta de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, faz com que o Brasil deixe de ganhar, pelo menos, US$ 4.6 bilhões, todo ano, por não reciclar no volume devido o seu lixo (atividade que tem como condição básica, um sistema de coleta seletiva), cuja quantidade vem aumentando de maneira preocupante. A produção per cápita de lixo no Brasil varia de 0,3 a 1,1 kg/hab.dia e, quanto maior o poder aquisitivo da população, maior é a quantidade de lixo produzida por habitante. Só a cidade do Rio de Janeiro produz 8.000 t/d de lixo.

As usinas de tratamento do lixo (chamadas de usinas de reciclagem e compostagem pelos técnicos, como a da foto, localizada no interior de Minas Gerais), podem ser uma solução viável para a destinação do lixo e, por esta razão, os aspectos sociais, ambientais e de saúde pública, deveriam predominar sobre o econômico.

As vantagens de uma Política Pública adequada à solução do problema do lixo, através, por exemplo, da implantação de uma Usina de Reciclagem e Compostagem do Lixo na comunidade são:

Desonerar a Prefeitura dos serviços de coleta, transporte, destinação final e desobstrução de galerias, rios e canais, pela diminuição da quantidade de lixo a ser manuseada pelos garis;

Contribuir para que a não destinação do lixo jogado nas encostas dos morros, provoque desmoronamentos por ocasião das chuvas.